Para chefão da Fiat Chrysler, carros elétricos ''ameaçam o planeta''
Saiba os motivos que levam Sergio Marchionne a questionar a nova onda dos carros elétricos
Tido como uma das grandes estrelas entre os principais executivos da indústria automotiva global, ao lado de Carlos Ghosn da aliança Renault-Nissan, o responsável pelas atividades da Fiat Chrysler deu uma declaração polêmica nesta semana ao receber um título honorário pela universidade de Trento, na Itália. Para Sergio Marchionne, a atual onda de migração para os carros elétricos deve ser vista com cuidado, já que eles podem se tornar uma “ameaça” para o planeta.
Na opinião do CEO da Fiat Chrysler Automobiles, “uma introdução forçada de carros elétricos movidos a bateria em uma escala global sem solucionar o problema de como conseguir energia limpa para abastecê-los pode colocar em risco a existência do planeta”, declarou Marchionne.
O CEO acrescenta que dois terços da eletricidade global atualmente é obtida de fontes fósseis, como a queima de carvão ou combustíveis. “Isso signfica dizer que a atual taxa de emissões de CO2 de um carro elétrico é, no melhor dos cenários, no mínimo equivalente às de um carro moderno a gasolina”.
Por fim, analisando a parte comercial, Marchionne destacou que os carros elétricos são pouco interessantes financeiramente. O CEO revelou que a FCA chega a perder impressionantes US$ 20.000 a cada unidade do Fiat 500 elétrico que comercializa no Estado da Califórnia (EUA). Uma perda considerável que chega a mais de R$ 60.000 por unidade.