Novo Honda City: veja o que estão falando do carro no exterior
Nova geração do sedã da marca japonesa já está chegando no mercado indiano, mas não recebeu apenas elogios
A nova geração do City promete ser uma das novidades mais aguardadas da Honda para o próximo ano. O modelo também deverá trazer por aqui uma inédita carroceria hatch. Enquanto não estreia e nosso mercado, a novidade já está começando a chegar nas lojas indianas da marca e a imprensa de lá gostou do resultado no geral, mas teceu algumas críticas também.
O site Autocar India teve a oportunidade de andar no Honda City de nova geração com três mecânicas diferentes: 1.5 a gasolina com câmbio manual, 1.5 a gasolina com câmbio CVT e 1.5 turbodiesel com câmbio manual. Em todos os casos, os carros estavam configurados nas respectivas versões topo de linha.
Apesar da nova nova geração, os indianos citaram que o visual do Honda City está mais para uma evolução do modelo anterior, com a adição na medida certa de novos componentes. Um deles são as lanternas traseiras com efeito tridimensional. O que gerou elogios para a carroceria foi o aumento da rigidez da carroceria com o uso de materiais mais resistentes, o que também ajudou o sedã a perder cerca de 40 kg.
Por dentro, foi citado que o visual da cabine manteve o tom simples da Honda, mas com uma boa escolha de materiais que colocam o novo City mais próximo dos modelos premium. O conforto dos bancos rendeu elogios pela forma como trata bem os ocupantes. Vale lembrar que o City indiano conta com saída de ar-condicionado para a traseira. O que não ficou tão bom assim foi a tela da central multimídia, que possui um acabamento anti-reflexo que acaba por deixar o brilho da unidade muito baixo.
Os indianos apontaram ainda que a Honda não costuma oferecer os carros mais equipados de sua categoria, mas a surpresa foi boa ao ver o que o novo City trazia de série em suas versões mais caras. Entre os itens de fábrica que mereceram destaque estão teto-solar, câmera de ponto cego no lado do passageiro, câmera de ré, airbags laterais e de cortina e ar-condicionado automático.
Sobre o novo motor 1.5 a gasolina, a publicação teve apenas elogios. A nova unidade tem duplo comando de válvulas, substituindo o antigo sistema de comando simples. Seu comportamento foi descrito como silencioso e mais forte, não dependendo tanto de rotações elevadas para entregar torque, ao passo que ganha rotação com facilidade até os 7.000 rpm. Esse novo motor entrega 121 cv de potência e 14,8 kgfm de torque. No entanto, o ruído do propulsor na cabine se torna perceptível já a 3.000 rpm.
No caso do carro equipado com a transmissão manual de seis velocidades, foi notado que as relações de marcha foram sensivelmente alongadas, o que abriu a possibilidade de o novo City ir de 15 km/h a 150 km/h usando apenas a terceira marcha. Para o CVT, a Honda introduziu uma nova lógica que imita passagens de marcha, evitando assim a estranheza de o motor ganhar rotação sem ganhar velocidade, como é comum nos automáticos de relações continuamente variáveis.
Já para o motor 1.5 turbodiesel, que só pode ser acompanhado pelo câmbio manual de seis marchas, foi apontado que o propulsor foi reaproveitado da geração anterior do Honda City. Gerando 101 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, seu comportamento não foi alterado. Apesar de a marca ter falado em reforços no isolamento acústico, ainda foi notado um ruído característico do motor a diesel principalmente em marcha lenta.
Sobre a dinâmica de condução, os indianos perceberam uma evolução desse novo Honda City, que ficou mais “comportado” nas curvas e previsível, sendo comparado até a concorrentes de origem alemã oferecidos na Índia. No entanto, foi notado que a nova geração do sedã ainda é relativamente alta e tem pneus não muito largos (185/55 R 16). Assim, o carro não se mostrou tão na mão para se guiar acima dos 100 km/h.