Análise: novo City seria uma boa opção para o primeiro híbrido nacional da Honda
Sedan faz sucesso nos mercados asiáticos com a tecnologia e:HEV
É sempre bom ficarmos de olho em tudo o que cerca a nova geração do City, uma vez que tanto o sedan quanto o hatchback deverão figurar no centro da estratégia da Honda para o Brasil no curto prazo.
Em mercados asiáticos, onde já é comercializado há mais tempo, chama a atenção a inédita variante híbrida do City. Ela integra o conceito e:HEV de eletrificação da gama Honda em escala global e traz uma concepção mecânica muito interessante.
O City híbrido é impulsionado pelo sistema i-MMD (intelligent Multi-Mode Drive), que destaca-se pela busca constante de maior eficiência por meio do equilíbrio no uso do propulsor térmico.
Segundo a Honda explica, o i-MMD trabalha levando em conta três modos de atuação. No “EV Drive”, é possível rodar com o City híbrido apenas consumindo a eletricidade armazenada na bateria principal do sistema. Aqui, apenas o motor elétrico movimenta o carro e o propulsor térmico permanece desligado.
Se a bateria chega ao fim de sua capacidade de armazenamento ou mais potência e torque são necessários, o modo “Hybrid Drive” é acionado. O motor térmico entra em operação, porém ele ainda não é o responsável por movimentar o automóvel. Nesse tipo de uso, o propulsor a gasolina alimenta um gerador responsável por enviar eletricidade ao motor elétrico principal, que segue como a única fonte de potência para deslocar o carro. Dessa forma, o motor a combustão pode trabalhar em sua faixa de rotação ideal, sem muitas oscilações que poderiam sacrificar o consumo de combustível. Por fim, apenas no modo “Engine Drive”, quando um nível de desempenho superior é solicitado, como em uma ultrapassagem, é que o motor 1.5 a combustão fica responsável por conferir tração ao modelo.
Além da avançada engenharia eletrônica por trás desse sofisticado sistema de gerenciamento, a parte mecânica da migração entre os motores fica a cargo de uma caixa automática de relações continuamente variáveis, chamada pela Honda de e-CVT. No caso do City híbrido, o conjunto propulsor i-MMD entrega até 108 cv de potência máxima, com um robusto torque de 25,8 kgfm.
Considerando que a Toyota já nacionalizou seu conjunto mecânico híbrido, hoje aplicado no Corolla e, em 2021, chegando também ao SUV médio Corolla Cross, é natural imaginar que não só a Honda, bem como outras marcas possam considerar a produção local de mais modelos eletrificados.
Com um conjunto arrojado, um eventual City híbrido nacional reuniria ainda mais atributos para cativar também os clientes de Civic que optarem por não migrar para um SUV. Conforme o Autoo apurou com exclusividade, o Civic deverá sair de linha no Brasil, abrindo espaço para que o City permaneça como o único sedan na gama nacional da Honda. O HR-V, por sua vez, deverá subir de segmento e tornar-se um SUV médio para concorrer com o Corolla Cross, abrindo espaço para um inédito crossover pequeno da marca.
E você, o que acha de um híbrido nacional da Honda? O novo City seria um bom candidato?