Volta ou não volta? Nova picape Dakota ainda estaria em desenvolvimento
Novidade da RAM pode usar a base da Jeep Gladiator e enfrentar modelos como a Ranger, Frontier e a Colorado, prima da S10
Já há alguns anos, surgiram os primeiros rumores de que a RAM iria voltar a oferecer uma picape de porte médio, como a Ranger, abaixo da atual 1500 para o mercado norte-americano. No final de fevereiro, porém, informações da imprensa dos EUA davam conta de que o projeto da novidade, que resgataria o nome Dakota, tinha sido cancelado pela Stellantis.
A volta da Dakota no portfólio do novo conglomerado seria interessante para posicionar a empresa no segmento de Nissan Frontier, Ford Ranger e Chevrolet Colorado (prima da nossa Chevrolet S10) nos EUA. Por lá, hoje a categoria é liderada pela Toyota Tacoma, que conta com mais de 40% de participação no segmento. A nova Dakota compartilharia a base com a Jeep Gladiator, mas o sucesso dela teria decretado o fim do projeto da RAM.
No entanto, a RAM Dakota pode ainda estar viva dentro da Stellantis. Informações obtidas pelo Automotive News, citando fontes ligadas à empresa, dão conta de que a nova picape “continua em frente” nos planos da companhia. Ter um novo produto de entrada seria interessante para a RAM, pois o segmento está crescendo por lá, principalmente após o lançamento da Gladiator e da Ford Ranger, por mais que a novidade possa rivalizar “dentro de casa” com o modelo da Jeep.
O destino da RAM Dakota ainda é um segredo guardado a sete chaves na Stellantis, mas, se entrar em produção, provavelmente virá de fábrica com a mesma oferta de motores da Jeep Gladiator. Entre eles estariam o Pentastar V6 3.6 de 289 cv e o 3.0 V6 turbodiesel com 264 cv. Ainda não se sabe se a novidade ofereceria opções turbinadas, híbridas ou com tração integral.
Três gerações e produção no Brasil
A Dakota foi lançada pela Dodge em 1986 para disputar mercado com a Ford e a GM nos EUA. Em 1997, a montadora lançou a segunda geração que ganhou uma inesperada linha de montagem no Brasil em 1998. Com versões de cabine simples e dupla, a Dakota brasileira durou pouco: em 2001 a fábrica de Campo Largo, no Paraná, foi fechada após produzir pouco mais de 10 mil unidades.
Em 2005, a Dodge colocou no mercado a terceira geração da picape média, que compartilhava a plataforma do SUV Durango, que ficou em produção até 2011. Na época, o então chefão da FCA, Sergio Marchionne, optou por não dar sequência ao modelo, que saiu de cena nos EUA.