No dia da mentira, conheça cinco mitos sobre manutenção

Troca de óleo, calibragem, combustível: as mentiras que são ditas e não é só no 1º de abril
óleo do motor

óleo do motor | Imagem: Divulgação

Hoje é o dia 1º de abril, o famoso dia da mentira, e no mundo dos carros elas são muitas no ano todo. Principalmente quando se fala em manutenção, os mitos espalhados por aí são diversos.

VEJA TAMBÉM:

Listamos cinco dessas mentiras que já viraram verdade para muita gente de tanto que são repetidas. Veja quais são elas para tentar não repetir quando for mexer no seu veículo:

1- Completar o óleo

óleo do motor
Checagem do nível de óleo do motor deve ser feita com o motor frio, quando todo o óleo está no cárter
Imagem: Divulgação

Quantas vezes o frentista do posto de gasolina não disse que precisava completar o óleo? A medição no posto é feita com o motor quente, ou seja, o lubrificante não está no cárter, onde a medida é feita pela vareta, mas sim circulando para fazer sua tarefa no motor.

Então, ao olhar na vareta, o nível sempre vai estar mais baixo e seguir a orientação do frentista colocando mais óleo do que o necessário, pode prejudicar o motor. O ideal é que a checagem seja feita com o motor frio, antes da primeira partida. Caso esteja baixo, procure um mecânico o mais rápido possível, pois pode haver um vazamento ou pior: queima de óleo pelo motor.

2- Uma olhadinha na água?

Sistema de arrefecimento é um dos principais que devem ser verificados em dias de altas temperaturas
Sistema de arrefecimento é um dos principais que devem ser verificados em dias de altas temperaturas
Imagem: Divulgação

Outra mentira contada nos postos de gasolina. A água do sistema de arrefecimento não pode ser completada com o motor quente. Nem abrir o vaso de expansão se deve. Caso o nível esteja abaixo do normal, faça como no caso do óleo: procure um mecânico.

Utilizar água da torneira, então, só em uma emergência. No sistema de arrefecimento deve utilizar uma proporção de água desmineralizada e aditivo, que atrasa o ponto de ebulição do líquido. Alguns estabelecimentos também cobram caro por produtos falsificados com corantes rosa ou verde, cores utilizadas pelos fabricantes de aditivos.

3- Óleo grosso para motor velho

Fumaça saindo pelo escapamento é sinal de motor desgastado
Fumaça saindo pelo escapamento é sinal de motor desgastado e colocar óleo grosso não adianta
Imagem: Divulgação

Muita gente recomenda lubrificantes mais grossos para motores antigos. A justificativa é que o óleo mais grosso preencheria as peças internas desgastadas. Mas isso pode ajudar a estragar o propulsor mais rápido.

O recomendado é utilizar sempre o tipo de lubrificante indicado no manual do proprietário por toda a vida útil do propulsor. Caso hada um desgaste anormal no motor e isso esteja causando problemas como queima de óleo ou água, uma retífica deve ser feita.

4- Troca de combustível em motor flex

No Brasil, oferta de carros flex no mercado começou em 2003 com o VW Gol
Motores flex podem rodar com etanol ou gasolina, puros em misturados em qualquer proporção

Mesmo com mais de 20 anos de mercado, os motores flex continuam sendo uma fonte interminável de mentiras para contar no dia 1º de abril. Uma delas é que não se pode trocar de combustível depois de muito tempo, pois o motor estaria “viciado”. Não é verdade.

Motores flex podem rodar com gasolina ou etanol em qualquer proporção e pelo tempo que for. Pode tanto trocar a qualquer hora como também usar o mesmo o quanto quiser. O recomendado somente é rodar alguns quilômetros após a troca para que a sonda lambda e a central eletrônica calculem os parâmetros para a mistura utilizada naquele momento.

5- Calibragem

Calibrar bem os pneus toda semana também contribui com a economia de combustível
Calibrar bem os pneus toda semana também contribui com a economia de combustível
Imagem: Divulgação

Muita gente para no posto para calibrar depois de rodar quilômetros e acha que está tudo bem, mas não está. Com o calor, o ar se expande dentro do pneu, deixando-o mais cheio do que realmente está.

O ideal é sempre calibrar no lugar mais perto do ponto de partida para que a temperatura não esteja muito alta na hora da medição. Se não for possível, deixe o carro parado por pelo menos 20 minutos antes de calibrar a pressão. Lembre-se sempre de que a medida deve ser a recomendada pelo manual do fabricante.

Siga o AUTOO nas redes: WhatsApp | LinkedIn | Youtube | Facebook | Twitter

Fernando Pedroso

Apaixonado por carros desde criança, se formou em jornalismo para trabalhar com automóveis. Realiza esse sonho desde 2006, e participando no AUTOO a partir de 2023