Nissan lançará sedã Versa em novembro no Brasil

Com preço abaixo de R$ 36 mil, modelo não substituirá o Tiida Sedan

Nissan Versa 2012 | Imagem: divulgação

Em meio ao maior lançamento de sua história no Brasil – o hatch popular March, do qual falaremos nesta sexta-feira -, a Nissan anunciou a chegada do sedã Versa em novembro.

Derivado do March, o Versa é um sedã compacto que é produzido no México também, mas com design próprio. A vinda do carro ao Brasil era dada como certa – exemplares já estavam rodando no país para “aclimatação”, mas a surpresa foi descobrir que ele não assumirá o lugar do Tiida Sedan. Explica-se: nos EUA, o Versa sucedeu o Tiida Sedan, que se chama justamente Versa.

Mas são carros com propostas complementares. O Tiida Sedan é mais largo, bem acabado, porém, com visual antiquado. Já o Versa é um carro mais simples e menor. Por isso, a Nissan encontrou um nicho para lançá-lo no Brasil. O sedã custará pouco menos de R$ 36 mil na versão de entrada, provavelmente a S, com motor 1.6 e câmbio manual. Versões automáticas e com acabamento melhor (SL) também estão nos planos, embora a marca tenha desconversado.

Por esse preço, o Versa não só ficará relativamente distante do Tiida (que custa cerca de R$ 45 mil) como enfrentará os sedãs compactos mais conhecidos do mercado como o Voyage, Siena, Fiesta Sedan e até mesmo o “primo” Logan, da Renault.

Na onda do IPI para importados

AUTOO conversou informalmente com o presidente da Nissan no Brasil, o francês Christian Meunier, que disse acreditar ser possível assumir o 6º lugar entre as marcas vendidas no Brasil – hoje a Nissan é a 12ª maia vendida: “é essa a nossa meta e se passarnos a Renault (5ª colocada) também não será um problema. O importante é ser uma de nós lá em cima)”, comentou o executivo de maneira descontraída.

Juntos, March e Versa devem ajudar a Nissan a chegar a um volume de vendas anual de 200 mil unidades. Para se ter uma ideia, em 2011 a marca japonesa deve fechar com recorde de 50 mil carros. “Pretendemos ter 5% de participação no Brasil em 2014”, explica Meunier. Para isso, não só os dois modelos serão necessários como também a segunda fábrica da marca no país, em estudo, e também da ajudinha dada pelo governo ao barrar a importação de veículos de outros países que não Argentina e México, mas disso o presidente da Nissan não quis falar.