Nissan celebra 22 anos de forma oficial no Brasil com novo modelo nacional a caminho
Empresa atualmente emprega 2.600 pessoas e já investiu R$ 3,45 bilhões no país na última década
A Nissan comemora neste mês 22 anos operando de forma oficial no Brasil.
A história dos produtos da marca japonesa por aqui, entretanto, remetem há muito mais tempo.
Segundo a Nissan, 35 unidades de seu caminhão modelo 180 foram comercializadas no Brasil entre 1950 e 1951 pela empresa Mario Barros do Amaral S.A., a qual, inclusive, importou alguns exemplares no regime CKD para a posterior montagem em solo nacional.
Já entre 1955 e 1956, cerca de 400 unidades da primeira geração do Nissan Patrol (4W60) foram montadas no Brasil pela Varam Motores em sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo reportagens da época recuperadas pela Nissan, os veículos tinham entre 35% e 40% de peças nacionais. Pouco tempo depois, a Varam Motores, que produzia também modelos de outras marcas, encerrou suas operações.
Na década de 1990, a Nissan também contou com seus modelos oferecidos no Brasil por meio de importadores independentes.
Foi apenas em 20 de outubro de 2000 que surgiu a Nissan do Brasil, primeiramente oferecendo modelos importados no país.
A partir de 2001, foi inaugurada em São José dos Pinhais (PR) a primeira fábrica comum da Aliança Renault-Nissan no mundo. No local começaram a ser produzidos a picape média Frontier e o SUV Xterra.
Avançando para 2011, a Nissan anunciou uma de suas medidas mais relevantes até então em solo nacional, no caso um investimento de R$ 2,6 bilhões para construir o Complexo Industrial de Resende (RJ).
O local foi inaugurado no dia 15 de abril de 2014, produzindo inicialmente o hatch compacto March.
O sedã Versa entrou na linha de produção no ano seguinte, enquanto o SUV Kicks começou a ser produzido na unidade fluminense a partir de 2017, sendo o único automóvel a ocupar o local no momento.
Segundo dados consolidados, a Nissan emprega atualmente 2.600 pessoas e já investiu R$ 3,45 bilhões no país nos últimos 10 anos.
Além do Complexo Industrial de Resende, a Nissan conta com sede na cidade do Rio de Janeiro, um centro de armazenamento e distribuição de peças em Itatiaia (RJ), escritório comercial e de design em São Paulo, centro de treinamento em Jundiaí (SP) e áreas de engenharia e compras em São José dos Pinhais.
Futuro
Recentemente a Nissan confirmou alguns passos importantes envolvendo suas operações no Brasil.
Para o primeiro semestre de 2023, a marca garantiu seu retorno ao segmento de sedãs médios com a geração mais recente do Sentra, a qual será importada do México provavelmente com motor 2.0 16V.
Também para o ano que vem, a Nissan vai introduzir no mercado brasileiro sua tecnologia de propulsão híbrida e-Power.
O primeiro modelo da Nissan por aqui com tal tecnologia, entretanto, segue uma incógnita.
Vale ressaltar que, neste mês, a Nissan revelou nos EUA o novo Versa 2023 com uma leve atualização visual externa e interna, a qual, naturalmente, deverá chegar ao Brasil ao longo do ano que vem, uma vez que o sedã é importado ao país.
Próximo modelo nacional
Já em abril deste ano, a fabricante japonesa realizou um importante anúncio destinando cerca de R$ 1,3 bilhão para modernizar seu complexo fabril de Resende.
O investimento também vai viabilizar a produção de um novo automóvel na planta fluminense fazendo companhia ao Kicks.
De acordo com apurações de nosso colunista Fernando Calmon, também realizadas no mesmo mês em que o investimento foi anunciado, o futuro modelo nacional da Nissan pode ser um SUV com porte acima do Kicks, atuando também em uma faixa de precificação superior.
Ainda não sabemos, entretanto, quando o segundo produto da Nissan a ser produzido em Resende começará a sair da linha de montagem.