Japoneses não querem mais o Honda Civic sedan, que será descontinuado por lá
Versão de três volumes de um dos carros mais famosos da marca tem vendas fracas no país de origem e deixará de ser oferecido
O Honda Civic já chegou a ser sonho de consumo da classe média brasileira, mas, desde a introdução da atual geração, o modelo vem perdendo a preferência dos consumidores para o Toyota Corolla em seu segmento. Além disso, as vendas de sedãs médios vêm caindo ano a ano, com os compradores dando preferência aos SUVs compactos pelo mesmo valor.
E tal fenômeno não é exclusivo do Brasil. Ford e Chevrolet já anunciaram cortes profundos em suas linhas de produtos no mercado norte-americano, deixando de lado sedãs e hatchbacks em favor de utilitários esportivos e picapes, segmentos muito mais aquecidos - e lucrativos - para as empresas, além de seguir a tendência de crescimento de demanda para tais tipos de carroceria.
Agora, a própria Honda deixará de oferecer o Civic sedan em sua terra natal, o Japão. No último ano fiscal, o três volumes acumulou apenas 1.619 unidades comercializadas, o que teria motivado a decisão da fabricante. O nome Civic é usado no mercado japonês desde 1972 e continuará sendo oferecido por lá ao menos até o final do ciclo de vida da atual geração, mas apenas com carroceria hatch, não disponível no Brasil.
Em nosso mercado, o Honda Civic acumula 5.976 unidades comercializadas em 2020 até o mês de maio. O número é menos da metade do registrado pelo Toyota Corolla no período: 14.792 unidades. Até mesmo o Chevrolet Cruze na carroceria sedã já ameaça a posição do modelo da Honda, tendo acumulado 4.520 unidades emplacadas no acumulado do ano até maio.