Na Itália, Fiat tem a menor participação de mercado em décadas
Marca viu vendas caírem bastante em seu país de origem. Mesmo com pandemia, é uma baixa recorde da empresa
Não que a situação da pandemia na Itália esteja ajudando, mas a participação da Fiat no mercado de carros novos em seu país de origem decaiu para um nível histórico no mês passado. Com 9,9% de participação em março, a marca mostrou queda vertiginosa ante anos anteriores, onde chegou a dominar quase 50% do mercado italiano.
De acordo com dados do Ministério dos Transportes italiano, o volume de vendas naquele país em março caiu 85% na comparação com fevereiro. Por lá, as concessionárias começaram a fechar suas portas ao público na segunda semana do mês de março. Enquanto isso, as vendas da Fiat no mês passado caíram mais que o mercado: 91%.
Um estudo realizado pela UNRAE, união dos representantes de marcas estrangeiras na Itália, apontou que a Fiat chegou a ter uma participação superior a 40% naquele mercado em 1990, mas o número já havia caído para 30% em 1998. Quando o ex-chefão da FCA, Sergio Marchione, assumiu o cargo em 2004, esse número era de 21% e tal participação se manteve até 2017. No ano passado, o número já havia caído para 15%.
Na imprensa italiana, aponta-se que o motivo dessa queda estaria no fim da produção de diversos modelos com muito tempo de mercado e que vendiam bem, como foi o caso do Fiat Grande Punto, o Punto que era oferecido no Brasil. Agora, na Itália, a Fiat comercializa apenas a família 500 e suas variantes maiores 500X e 500L, além de Panda e Tipo. Com menos modelos nas lojas e sem sucessores para seus campeões de venda, a tendência é que o número permaneça caindo.