Montana é tão rápida quanto Oroch Outsider e Toro 1.3 turbo e consome menos
Avaliamos a picape da Chevrolet em sua versão topo de linha com câmbio automático
Finalmente chegou a hora de acelerarmos a nova geração da Chevrolet Montana, picape que evoluiu completamente em sua proposta e migrou para o segmento de picapes intermediárias.
Em uma análise de sua ficha técnica agora completamente divulgada, fica claro que a nova Montana aproxima-se muito mais da Renault Oroch em termos de proposta do que da Fiat Toro ou da Ford Maverick.
De acordo com os dados oficiais revelados nesta semana, a Montana alcança 4,71 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,65 m de altura, com entre-eixos de 2,80 m.
A representante da Renault no segmento, por sua vez, mede os mesmos 4,71 m na versão topo de linha Outsider, porém é maior no entre-eixos (2,82 m) e na largura (1,83 m).
A Fiat Toro, vale citar, se sobressai quando o assunto é tamanho, uma vez que registra 4,94 m de um para-choque a outro e 2,98 m de entre-eixos.
Eficiência
Em nosso primeiro contato ao volante da nova Chevrolet Montana, realizado com a versão topo de linha Premier, a picape mostrou virtudes interessantes.
Movida exclusivamente pelo motor 1.2 turbo de injeção indireta (133 cv/21,4 kgfm), a picape em seu catálogo automático mais equipado tem como importante aliado o baixo peso (1.310 kg).
Mesmo com números de potência e torque inferiores na disputa com Oroch Outsider (170 cv/27,5 kgfm) e Toro Endurance (185 cv/27,5 kgfm), ambas com propulsores 1.3 turbo com injeção direta, a Montana consegue andar no mesmo ritmo das rivais com a vantagem do consumo bem menor.
Registrando 1.432 kg na balança, a Oroch Outsider acelera de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos com etanol. A Montana Premier leva 10,1 segundos para efetuar a mesma prova, enquanto a Toro Endurance, maior e mais pesada (1.650 kg), precisa de 10,6 segundos.
Levando em conta os dados oficiais, temos médias de 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada, ambas com gasolina, para a Montana automática. A Oroch 1.3 turbo registra 10,5 e 11 km/l, respectivamente, enquanto o consumo da Toro Endurance é de 9,7 e 11,6 km/l nas mesmas condições.
Ao volante
Para compensar a suspensão traseira mais simples (eixo de torção) em relação ao layout multibraço de Oroch e Toro, a Chevrolet aplicou na Montana soluções interessantes, como o duplo batente de rigidez variável para o conjunto de molas e amortecedores e até mesmo pneus especialmente desenvolvidos para a picape.
Rodando por ruas e até mesmo estradas sinuosas, a Montana demonstrou bom compromisso entre estabilidade direcional e conforto, entregando a sensação de se estar ao volante de um SUV, como preconiza seu projeto.
Além de transparecer alto nível de segurança nas curvas, a Montana chamou a atenção pela robustez de seu conjunto de suspensão, direção e freios também em vias não pavimentadas.
A mecânica composta pelo motor 1.2 turbo e o câmbio automático de 6 marchas é aproveitado pela versão topo de linha do Tracker, contudo fica evidente ao volante da Montana que o time da Chevrolet trabalhou em uma calibração específica do conjunto para a picape, buscando respostas diferentes entre os dois modelos.
Quem ficou animado com as acelerações e retomadas vigorosas da Oroch Outsider certamente não ficará desapontado no comando da nova Montana.
Cabine e caçamba
As semelhanças da Montana com suas rivais também se estendem a aspectos relevantes em uma picape cabine dupla, como o espaço interno e a capacidade de carga.
Em termos volumétricos, como era esperado, a Fiat Toro, até por conta do porte superior, conta com o maior compartimento para bagagens, alcançando 937 litros na medição líquida e podendo acomodar 750 kg.
A Montana, por sua vez, tem espaço para 874 litros (padrão VDA) na caçamba contra 683 litros (também no padrão VDA tradicionalmente aceito) da Oroch, porém a picape da Renault suporta até 650 kg contra 600 kg da novidade da Chevrolet.
Para quem deseja transformar a caçamba em um porta-malas gigante, algo que pode ser a ideia de muitos consumidores de olho em uma picape intermediária, a Montana contará com uma série de acessórios interessantes, tais como as divisórias Multi-Board e opções de cobertura rígida para a caçamba com ou sem acionamento elétrico.
Em nossa primeira avaliação da nova Montana, a sensação é de que o espaço para os passageiros no banco traseiro é um pouco melhor em relação ao observado na Oroch, entretanto a Toro ainda oferece uma cabine naturalmente maior.
Dentro da gama Chevrolet, se você prioriza o espaço interno em relação ao compartimento de bagagens, certamente o Tracker conta com um habitáculo mais favorável.
Mercado
Os preços definitivos da nova Montana, inclusive das duas versões com câmbio manual, serão conhecidos apenas no próximo dia 10.
Porém, levando em conta o valor de R$ 140.490 praticado para a Montana Premier na época da pré-venda, em dezembro de 2022, o modelo da Chevrolet mostra-se uma escolha mais racional em relação a Oroch Outsider e Fiat Toro Endurance, ambas tabeladas em R$ 146 mil.
A Montana Premier conta ainda com diferenciais importantes na comparação com a Oroch Outsider, como a presença de 6 airbags e o monitoramento de pontos cegos de série.
Seguindo os passos do Tracker, a GM espera que as duas versões automáticas (LTZ e Premier) respondam pela maior procura pela nova Montana. A fabricante não informou volume de vendas esperado para a novidade, mas detalha que já conta com 6 mil pedidos desde a apresentação da picape.
Considerando o iminente crescimento da categoria no Brasil, é fato que a Montana reúne todas as condições para se destacar no mercado a partir dos próximos meses. Oroch e Toro que se cuidem...
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