Misto de van com SUV, Mitsubishi Xpander seria uma boa para o Brasil?

Embora ainda não haja tantas opções no mercado brasileiro, aos poucos novos modelos de 7 lugares têm sido lançados. Só que ainda faltam modelos mais acessíveis.

Por isso, vale a pena ficarmos de olho em produtos recém-lançados, como a nova geração do Honda BR-V. No México, é possível conhecer um outro modelo com proposta semelhante ao Honda BR-V e que também foi concebido para mercados emergentes, como é o caso do Brasil e do país norte-americano. Trata-se do Mitsubishi Xpander, modelo que inclusive concorre com o BR-V no mercado asiático.  

Para conhecer melhor o modelo, os colegas do site Motorpasión testaram o Xpander. O jornalista Gerardo García, responsável pela avaliação, até traça um paralelo com o antigo Mitsubishi Grandis. Porém, ele esclarece que a proposta é completamente diferente, já que o antigo modelo utilizava a plataforma do Outlander e era um carro voltado a mercados maduros.

A proposta do Xpander é a de ser um modelo de 7 lugares acessível, por isso é um projeto de baixo custo. A avaliação do site mexicano começa destacando o visual do modelo, que mescla traços de minivan com SUV.

A versão testada pelo site mexicano é a convencional, mas existe ainda a Cross que deixa o visual ainda mais próximo ao de um utilitário esportivo, com direito a plásticos pronunciados nos para-choques, para-lamas e nas laterais.

Segundo os avaliadores, o veículo traz a filosofia atual de design da marca. Isso pode ser visto na dianteira com o tradicional formato em X, que é complementado por faróis finos e os principais mais abaixo. É uma dianteira bem grande e que faz o carro parecer maior do que é, ao menos nas fotos.

Veja galeria de imagens da Mitsubishi Xpander

Tamanho e espaço

Com 4,47 m de comprimento, o Mitsubishi Xpander é descrito pelo jornalista como a minivan mais espaçosa da categoria.

Mesmo com um comprimento semelhante ao de um Nissan Versa, o carro agradou em termos de espaço. Para o Motorpassión, há mais espaço do que no Suzuki Ertiga e no Honda BR-V, que ainda está na primeira geração no México.

Imagem: Divulgação

Os responsáveis pelo espaço amplo são o teto alto do modelo, as grandes janelas e o fato da segunda fileira ter o sistema de trilhos, assim como em uma Chevrolet Spin. Porém, a terceira fileira até é útil na opinião do jornalista, mas se torna cansativa em viagens mais longas por conta da posição dos joelhos.

Ao volante

García também elogiou a posição de dirigir e as sensações ao volante do modelo. Porém, o motor 1.5 de 103 cv e 14,3 kgfm tem desempenho comedido. Entretanto, a maior crítica do jornalista foi para o câmbio automático de quatro marchas, cujo escalonamento é longo e faz com que as trocas não sejam tão rápidas, mesmo quando é necessário reduzir as marchas para aumentar o giro do motor.

Outros pontos negativos citados foram a maciez da suspensão, que faz a carroceria se inclinar muito em curvas, e a presença de apenas dois airbags, mesmo sendo um carro para sete pessoas.

No geral, o modelo agradou ao contato do time editorial do Motorpassión.

Dessa forma, embora não exista nada concreto sobre a Mitsubishi oferecer o Xpander no Brasil, os operadores da marca em nosso país teriam uma opção interessante caso o segmento de SUVs 7 lugares cresça rapidamente no Brasil. 

Já sabemos que a Renault, por exemplo, prepara para o mercado brasileiro um SUV 7 lugares com bom custo-benefício derivado do conceito Dacia Bigster. Em paralelo, modelos como o CAOA Chery Tiggo 8 e o Jeep Commander estão recebendo ótima aceitação no mercado, pavimentando um caminho de sucesso para a categoria por aqui. 

Imagem: Divulgação

Leo Alves