Mitsubishi i MiEV é flagrado por leitor
Carro elétrico tem apenas um cliente no Brasil cujo preço é de R$ 200 mil
A era dos carros elétricos no Brasil ainda não começou oficialmente, mas já existe um consumidor no país que é dono de um i MiEV, o monovolume da Mitsubishi que é um dos pioneiros na tecnologia.
Talvez seja ele que o leitor do AUTOO Rafael Pedra flagrou rodando em plena avenida 23 de Maio, em São Paulo. O modelo usava placa cinza, o que confirma se tratar de uma unidade efetivamente autorizada a rodar pelo país – geralmente, exemplares de testes utilizam placas azuis ou verdes, de uso provisório.
Segundo apuramos, apenas um cliente decidiu comprar o i MiEV no Brasil, que teria desembolsado algo em torno de R$ 200 mil, valor suficiente para adquirir o esportivo Lancer, da própria Mitsubishi.
A montadora diz que qualquer consumidor pode comprar um i MiEV hoje mas, além do preço, precisa ter paciência: são necessários cerca de três meses para que o modelo seja entregue.
Plug-in
Assim como o Leaf, da Nissan, também o i MiEV é um carro elétrico plug-in, ou seja, pode ser recarregado numa simples tomada. E da mesma forma que o rival japonês, o Mitsubishi oferece três possibilidades, a recarga numa tomada 110V, que leva cerca de 14 horas, 220V, em torno de sete horas, e recarga rápida, numa tomada 220V trifásica, que leva apenas 30 minutos para recurperar 80% da carga.
Com um motor elétrico de 47kW (64 cv), o i MiEV pode rodar por 160 km e atingir até 130 km/h. As baterias de íon de lítio ficam no assoalho do modelo – outra solução parecida com a do Leaf -, mas o motor do Mitsubishi fica na parte traseira e a tração é, consequentemente traseira. Com 3,4 m de comprimento, 1,48 m de largura e 1,6 m de altura, o i MiEV é 30 cm mais curto, 7 cm mais estreito e 15 cm mais alto que um Uno Mille, da Fiat.
A Mitsubishi deseja montar o i MiEV no Brasil e até mostrou o modelo para ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a esperança de comover o governo a aprovar uma legislação que incentivasse a venda de elétricos no país, porém, até hoje não houve nada nesse sentido. Com isso, quem insistir em comprar um modelo ecológico paga impostos semelhantes aos que um esportivo com motor V12 recolheria.
Agradecemos ao leitor Rafael Pedra pela colaboração.