MINI sofrerá consequências com o Brexit
Após o Reino Unido ter deixado a União Européia, BMW, dona da marca, deverá aguardar mais para atualizar modelos da MINI
No último dia 31 de janeiro, um ciclo histórico de 47 anos se encerrou quando o Reino Unido deixou oficialmente de fazer parte da União Europeia. Enquanto as consequências da saída ainda são estudadas, aparentemente o ato terá consequências também no setor automotivo e deverá afetar uma das marcas mais britânicas ainda na ativa: a MINI.
A empresa, que possui duas fábricas no continente europeu, produzindo tanto em Oxford (ING) quanto em Born, nos Países Baixos, é controlada atualmente pela BMW e a marca bávara afirmou à Reuters que a próxima geração dos modelos da MINI será postergada, enquanto os atuais modelos deverão ficar em linha por mais tempo que o planejado inicialmente.
Um executivo da BMW, Maximilian Schoeberl afirmou à publicação que “o ciclo de vida dessas plataformas (da MINI) foi estendida por motivos de custo e também por conta do Brexit”. Ou seja, os atuais seis modelos da marca deverão continuar em linha por mais tempo.
Quanto à redução de custos, o executivo afirmou que a BMW pretende economizar cerca de 12 bilhões de euros (cerca de R$ 56,8 bilhões) até 2022. Para isso, a marca de origem alemã deverá cortar pela metade a quantidade de combinações de motores e transmissões em sua linha, assim como reduzir custos de desenvolvimento de novos produtos.