Por 'mini-Renegade', Jeep pode usar plataforma da Citroën
De olho em taxações menores para modelos abaixo de 4 m de comprimento, solução pode estar dentro da Stellantis
Não há dúvidas de que o Renegade é um dos produtos de maior sucesso da Jeep. Desde o lançamento, o modelo sempre figurou como um dos utilitários esportivos mais vendidos do Brasil. Enquanto por aqui aguarda-se uma leve atualização no visual e a estreia de motores turbinados e híbridos, sua receita não é a melhor para todos os mercados.
Um deles é o indiano, onde a linha da Jeep começa no Compass, que já é um modelo médio. A principal dificuldade de levar o Renegade para lá é que, apesar do porte compacto, o modelo tem mais de 4 metros de comprimento, o que o deixa de fora das taxações mais em conta para veículos com tamanho máxima. A solução, no entanto, pode aparecer dentro da Stellantis, grupo recentemente formado pela fusão dos grupos Fiat Chrysler e Peugeot Citroën.
De acordo com o Autocar India, ao invés de tentar alterar o projeto do Renegade de modo a deixá-lo com menos de 4 m de comprimento, cujo custo deixaria o projeto inviável, a resposta da Jeep seria a de utilizar uma plataforma e um conjunto motriz que foram desenvolvidos pela Citroën para aquele mercado asiático.
Assim, empregaria-se a arquitetura CMP da francesa destinada a veículos compactos e a mesma vista no Peugeot 2008. Tal plataforma também será usada no novo SUV compacto da Citroën, chamado internamente de C-21 e que deve ser feito no Brasil. Já o motor seria o 1.2 turbo de três cilindros que já é fabricado na Índia, evitando assim pagar proibitivas taxas de importação pelo propulsor. Da mesma forma, o governo indiano também possui uma faixa de impostos menor para modelos com motores de menos de 1.5 litro de capacidade.
Parece cedo para especular sobre esse mini-Jeep, mas certamente a Stellantis não deverá se limitar ao mercado indiano se o produto final for promissor. Com o lançamento do SUV de 7 lugares no Brasil neste ano, restarão poucos nichos para que a marca norte-americana possa explorar, quase todos de alto poder aquisitivo e vendas limitadas, como a da picape Gladiator. Mirar um segmento abaixo do Renegade tornaria a Jeep ainda mais presente em nosso país. Como se vê, a Stellantis, com suas diversas marcas, multiplicou suas possibilidades de atuação, não há dúvida.