Mini Aston Martin fracassa após três anos no mercado
Versão luxuosa do Toyota iQ, Cygnet teve menos de 150 unidades vendidas ante as 12 mil esperadas
O que parecia ser uma ideia brilhante e em linha com a tendência ecológica e minimalista se revelou um imenso fracasso. A Aston Martin anunciou o fim do Cygnet, seu modelo de dois lugares voltado ao uso urbano, após vender menos de 150 unidades em três anos de mercado.
O cenário imaginado pela marca inglesa era bem mais otimista. A meta era vender cerca de 12 mil carros nesse período. Mas o carrinho, uma versão sob licença do Toyota iQ com as devidas adaptações para o padrão da marca britânica, custava muito caro – mais de R$ 100 mil na versão de entrada e quase R$ 200 mil na vertente mais luxuosa.
Baby Aston
A Aston Martin mostrou o Cygnet pela primeira vez no final de 2009. Já na época questionamos a viabilidade do projeto “quem pode estar interessado por um micro carro japonês com cara de Aston Martin?”, perguntamos. De fato, quase ninguém.
Apesar do ceticismo geral, a Aston seguiu em frente e anunciou o início da produção do Cygnet em 2011 com opções de motores 1.0 e 1.3 litro. Até mesmo o Brasil chegou a ser confirmado como destino do minicarro de luxo: a estreia deveria ter ocorrido em agosto de 2011, mas não saiu do papel.
Depois de trocar de mãos (da Ford para o grupo inglês Prodrive), a Aston Martin tem hoje outros problemas mais complicados para resolver. A marca de luxo, que em 2007 havia vendido 110 mil carros, viu suas vendas caírem para 67,5 mil unidades em 2012. Um panorama nada agradável justamente no ano em que comemora seu centenário.