Menos de R$ 60 mil: Virtus usado oferece mais e custa menos que popular novo
Lançado em 2018 para ocupar o lugar do Polo Sedan, modelo tem suas virtudes e não são poucas
O Volkswagen Virtus chegou no início de 2018 nas versões MSI com motor 1.6 16V de 117/110 cv e câmbio manual de cinco marchas, além da Comfortline 200 TSI e Highline 200 TSI, com motor 1.0 12V turbo de 128/116 cv, com câmbio automático de seis marchas. Em julho a 1.6 passou a contar com a opção automática.
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Competindo com Chevrolet Cobalt, Honda City e Fiat Cronos, o Virtus apostava num visual mais esportivo - tanto que alguns entusiastas o apelidou de “mini Jetta” - apostando na clientela mais jovem.
Outra característica marcante do projeto é a plataforma modular MQB que confere aos modelos do grupo VW redução de peso, além de mais resistência em acidentes. Por conta disso, o sedã conquistou anos mais tarde a pontuação máxima (5 estrelas) em testes de impacto do Latin NCAP.
Em relação ao Polo, o Virtus conta com uma distância de entre-eixos de 9 cm a mais (2,65 m), o que na prática favorece o espaço aos passageiros de trás. O porta-malas é digno de deixar muitos sedãs maiores com inveja. São 521 litros! O sedã mede 4,48 m de comprimento, 1,75 m de largura e 1,47 m de altura.
Quanto ao nível de equipamentos, desde a versão mais simples, o sedã já possui de série com ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros e traseiros, alarme, 4 airbags, controle de tração (MBS), cintos de 3 pontos para os 5 ocupantes e sistema de fixação de assentos infantis Isofix. Dependendo da versão, podia se pedir ar-condicionado digital, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, trocas de marchas no volante entre outros itens.
A versão esportiva GTS só veio em 2020 e trazia grade em formato de colmeia com a sigla “GTS” e filete vermelho, spoiler na tampa traseira e logotipo GTS colado na tampa traseira. Apesar das diferenças sutis, o motor é o mesmo do irmão maior Jetta: o 1.4 TSI associado ao câmbio automático de seis marchas que juntos garantem 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
1- Acabamento
O sedã conta com painel e forros de portas com excesso de plástico, o que pode futuramente causar excesso de ruídos internos. O caso, inclusive, já foi retratado no site Reclame Aqui. Outros donos foram mais além e reclamaram do eixo de articulação do banco traseiro que apresentou folga e como consequência o indesejável barulho.
2- Direção elétrica
Outra reclamação, segundo reportado por alguns donos, é da direção com assistência elétrica que causa ruídos. Um deles que fez uma reclamação do site Reclame Aqui confessou ter trocado a direção por duas vezes (na garantia) e, mesmo assim, não ter resolvido o problema.
3- Recalls
Com o número do chassi do veículo em mãos, veja no site da Volkswagen (www.vw.com.br) se a unidade pretendida já passou pelos seguintes itens: revestimento da coluna central, atualização na unidade de comando do motor, correção da fixação de componentes e troca de apoio de cabeça central. Vale reforçar que caso não tenha feito, basta agendar junto ao concessionário autorizado de sua preferência. O serviço é gratuito.
4- Eixo traseiro
Motivo de recall na linha T-Cross 2020/2020, o Polo e Virtus, feitos sobre a mesma plataforma, também sofrem do mesmo problema de trinca do eixo traseiro. O caso foi noticiado em sites de mídia especializada e de reclamação como o Reclame Aqui. A justificativa foi de que o componente foi produzido fora das especificações. Houve casos de unidades que o eixo quebrou com menos de 30 mil km e que, e fora da garantia de três anos, o dono teve de arcar com o custo de mais de R$ 300, só para avaliar.
5- Faróis embaçados
Esse é mais um dos problemas mais comuns que costumam tirar o sono dos proprietários de Virtus, além de Polo e T-Cross. Basta fazer uma pesquisa e ver que mesmo em carros mais novos o caso é frequente. A explicação é que por conta da má vedação da lente com o farol, acaba entrando água e com o calor da lâmpada, acaba embaçando.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
Dê preferência para as unidades cobertas pela garantia, considerando que a marca dá três anos. Assim, se você optar por um 2020, ainda consegue obter o benefício.
Com relação às versões, tanto as equipadas com motor de quatro cilindros 1.6 16V quanto a de três cilindros 1.0 12V vão bem, sem discriminação no mercado. Se quiser menos manutenção, dê preferência para as opções com câmbio mecânico.
Na questão de consumo, a 1.6 16V com câmbio manual de cinco marchas é mais econômica, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro. Na tabela de 2018, por exemplo, consta 8,2 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada rodando com etanol, enquanto que na gasolina os valores são de 11,9 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada. Já a 1.0 12V equipada com transmissão automática de seis velocidades, o consumo é de 7,8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol e 11,2 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada com gasolina.
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