Média de vendas de veículos despenca em janeiro; saiba motivos

Às vésperas do final de janeiro, a média diária das vendas de veículos tem uma queda acentuada na comparação com o mês anterior. No caso do Volkswagen Polo, o total das vendas até o dia 29, de acordo com dados do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), está em 4.698 unidades, volume 63,5% menor que em dezembro de 2024.

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Indo para a líder de vendas no ano passado, a Fiat Strada, o total até dia 29 está em 7.781 unidades, ou 49,8% a menos que o mês anterior. A rival Volkswagen Saveiro, hoje em dia mais voltada para vendas diretas, principalmente locadoras, teve 2.456 unidades, volume 58,9% menor o do mês anterior.

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Polo e Strada também em queda em janeiro

Um dos sinais de que a média diária em janeiro está bem menor em janeiro podem ser conferidos pelo balanço da primeira quinzena do mês, divulgado pela consultoria Bright Consulting, que mostra que nos primeiros 15 dias deste mês foram vendidos 6.885 veículos por dia, ante 12.638 de dezembro. 

Ainda de acordo com a mesma fonte, as vendas diretas representaram 35,8% do total na primeira quinzena de janeiro, ante dos 46,17% registrados em dezembro e também dos 39,7% do mesmo período de 2024. A queda reflete uma desaceleração no volume de vendas para locadoras, que tradicionalmente têm maior peso no último trimestre do ano.

As compras das locadoras passaram de 578 mil em 2023 para 649 mil unidades em 2024 e foram responsáveis pelos excepcionais volumes do último trimestre onde complementaram a renovação de suas frotas.

Devido ao aumento na taxa de juros, dos custos fixos incrementais devido à regulação e pela redução no índice de confiança do consumidor brasileiro, o crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves projetado pela Bright Consulting leva a 2,64 milhões de veículos, crescimento de 6,4% versus 2024. 

Já a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) projeta aumento de 5,6% nas vendas em 2025. O presidente da entidade, Marcio de LIma Leite, disse que espera fazer de 2025 o último degrau antes da volta ao patamar dos 3 milhões de unidades vendidas”.

Agora, resta apenas aguardar o desenrolar de 2025 para ver se o ritmo nas vendas vai recuperar fôlego, apesar de vários desafios que estão surgindo no horizonte. Lançamentos não vão faltar, nem investimentos por parte das fabricantes. O que precisa é mercado conseguir absorver a produção. 

Carlos Guimarães

Jornalista há mais de 20 anos, já acelerou várias novidades, mas não dispensa seu clássico no final de semana