Toyota SW4, que alcança R$ 360 mil, supera vendas do Fiat Cronos
Lista revela 6 situações inusitadas no mercado, como o BMW Série 3 vendendo mais do que VW Jetta ou Chevrolet Cruze
A lista de carros mais vendidos está dominada por modelos que custam mais de R$ 100 mil. Entre os 15 “queridinhos” do público brasileiro entre janeiro e maio, 11 têm versões que ultrapassam essa marca.
Enquanto isso, modelos mais baratos têm ficado para trás, muitas vezes até de forma proposital. Afinal, quanto maior o valor agregado de um veículo, maior o lucro da fabricante.
Na lista de hoje, separamos 6 casos de carros que não são baratos, mas vendem tão bem quanto outros, bem mais em conta. Eles serão apresentados logo abaixo, classificados de acordo com os resultados nas vendas entre janeiro e maio.
Jeep Renegade
A versão mais barata do Renegade custa R$ 92.990. Se a escolha for pela configuração mais completa, acrescida de pintura perolizada e todos os opcionais disponíveis, a conta passa de R$ 185 mil.
Ainda assim, o Jeep produzido em Goiana (PE) é o 4º carro mais vendido do Brasil atualmente. Até o fim de maio, foram emplacadas mais de 33 mil unidades do Renegade, exatas 1.278 a mais do que o Fiat Mobi, carro mais barato do país, que parte de R$ 45.090 – menos da metade do preço do Renegade de entrada.
Jeep Compass
O segundo modelo da Jeep produzido no Brasil também é sucesso de vendas. Ainda que tenha caído algumas posições no ranking de 2021 da Fenabrave, o Compass é o 11º veículo mais popular do país.
Sua tabela de preços começa em R$ 143.490, porém, assim como o Renegade, a vasta gama de configurações faz com que algumas versões ultrapassem os R$ 200 mil.
A mais cara e completa delas pode alcançar os R$ 243.190, praticamente R$ 100 mil a mais do que o preço da versão de entrada.
Com essa diferença, seria possível levar para casa, com sobras, duas unidades do Renault Kwid, que divide com o Mobi o título de carro mais barato do Brasil – ele também custa R$ 45.090.
Considerando o preço do Compass mais completo, seria possível montar uma pequena frota, com 5 exemplares do Kwid e uma sobra de mais de R$ 17 mil.
E já que estamos falando do pequeno Renault, vale ressaltar que ele vendeu menos do que o Compass entre janeiro e maio. Foram 23.104 unidades, que o colocam três posições abaixo do Jeep entre os mais emplacados de 2021.
Toyota Corolla
O segundo sedã mais vendido do Brasil custa, no mínimo, R$ 123.790. Esse é o preço da versão GLi do Toyota Corolla. Mas a conta pode subir consideravelmente e alcançar os R$ 162.890 se o cliente quiser a opção mais cara e completa, Altis Hybrid Premium.
Apesar desses preços, o Corolla foi a escolha de 16.357 clientes ao longo de 2021. Com isso, alçou a 16ª posição entre os carros mais vendidos, superando com alguma folga o Fiat Uno, cujas vendas ficaram em 12.708.
Os resultados do hatch compacto da Fiat podem ser considerados surpreendentes. Afinal, ele é oferecido em versão única, custa quase R$ 60 mil e não é tão maior ou mais equipado do que o Mobi, com quem compartilha conjunto mecânico e diversas peças.
Honda HR-V
O SUV compacto da Honda já foi o líder da categoria, mas tem “sofrido” com a concorrência pesada nos últimos anos. Em 2021, voltou a vender bem, e ocupa a 17ª colocação no ranking geral de vendas, com 16.277 exemplares emplacados até o fim de maio.
Esses números colocam o HR-V à frente de outro “figurão” do nosso mercado, o Volkswagen Voyage, sedã de entrada que é o 20º modelo mais vendido ao longo do ano.
Mas as semelhanças dos dois acabam nos emplacamentos. O SUV da Honda sempre teve como ponto negativo o preço mais alto do que seus concorrentes. E isso não mudou. Sua versão de entrada, LX, parte de R$ 112.400, enquanto a configuração Touring, a mais completa e potente, chega aos R$ 157.100.
Enquanto isso, o Voyage (que também não é parâmetro em preços baixos) parte de R$ 70.790, e chega a salgados R$ 90.580 na opção mais completa.
Toyota SW4
A lista vai chegando na parte final com modelos bem mais caros, mas com vendas surpreendentemente boas. Talvez o melhor exemplo seja o Toyota SW4, que emplacou mais unidades que o Fiat Cronos.
Foram 4.869 unidades, contra 4.847 do sedã da Fiat. Porém, é preciso considerar que o SUV da fabricante japonesa não custa menos de R$ 252.590 e pode chegar aos R$ 359.790 na versão topo de linha.
Esse último valor é suficiente para adquirir 5 unidades do Cronos mais barato, Drive 1.3, que custa R$ 71.390. Ou quase 4 exemplares da versão mais cara, que sai por R$ 95.290.
BMW 320i
O último carro da lista é o sedã de luxo BMW Série 3. No ranking da Fenabrave, a versão de entrada do modelo, 320i, aparece como o 58º carro mais vendido do país.
Pode parecer pouco, mas as 2.354 unidades emplacadas até o fim de maio fazem dele o carro de luxo mais popular do país. O resultado é até melhor do que o de sedãs médios de marcas generalistas, como Volkswagen Jetta (1.804) ou Chevrolet Cruze (1.535).
Atualmente, o 320i tem três variações, com preços de R$ 267.950, R$ 284.950 ou R$ 299.950, de acordo com o nível de acabamento e equipamentos.