Lexus LFA está à venda no Brasil

O superesportivo de R$ 2,9 milhões já pode ser encomendado na loja em SP

Um LFA branco está na loja em São Paulo | Imagem: Lexus

O LFA, superesportivo da Lexus que tem produção limitada a 500 unidades, terá uma unidade à venda no País pela bagatela de R$ 2,9 milhões. O modelo está exposto na concessionária da marca em São Paulo (SP).

Trata-se de um cupê superesportivo com tração traseira empurrado por um potente motor V10 de 4,8 litros, que entrega potência máxima de 560 cv a 8.700 rpm e torque de 48,9 kgfm a 7.800 rpm. A transmissão é automática sequencial de seis velocidades. Segundo a marca, o esportivo japonês atinge a velocidade máxima de 325 km/h e vai de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos.

A unidade que será vendida no Brasil ainda será produzida e a previsão de entrega no País é para o início de 2013. O veículo, no entanto, já pode ser encomendado na concessionária.

Artesanal

O LFA é montado artesanalmente na fábrica de Motomachi, no Japão. O processo de construção é minucioso e menos de 20 unidades são fabricadas por mês. A produção total do LFA será de apenas 500 unidades, numeradas, denotando a exclusividade do veículo. O comprador do LFA será convidado a conhecer a fábrica de Motomachi e poderá acompanhar de perto a produção do modelo.

Desenvolvimento do produto

O programa LFA foi estabelecido pela Toyota no início dos anos 2000 como um projeto de pesquisa e desenvolvimento avançado. Entretanto, a chegada do líder de projeto Haruhiko Tanahashi, da Lexus, deu mais ímpeto ao recém-criado “Time LFA” e o projeto acabou se tornando um programa de desenvolvimento sob medida para a Lexus.

Os engenheiros optaram por iniciar o projeto LFA do zero. Partindo de uma folha em branco, a equipe chegou a 500 fatores-chave, itens que o novo carro obrigatoriamente deveria ter. Tudo começou com o desenvolvimento do motor V10 e, no meio de 2003, foi construído o primeiro protótipo. Em outubro de 2004, pela primeira vez um LFA acelerou para testes na famosa pista alemã de Nürburgring. Os protótipos usavam grande quantidade de alumínio no chassi e na carroceria mas, para os engenheiros, o material não era tão leve e resistente quanto eles desejavam (a redução de peso sempre foi um dos objetivos na concepção do veículo). Esses dois fatores os levaram a adotar a fibra de carbono, material mais leve e resistente que o alumínio.

Na indústria automotiva, a produção de fibra de carbono geralmente é terceirizada. Mas a montadora desejava uma fibra desenvolvida com mais precisão, mais consistência e mais economicamente viável que as opções existentes no mercado. Aproveitando-se da rica tradição da Toyota na produção de teares, a Lexus criou o primeiro tear circular do mundo. Com isso, conseguiu uma fibra de carbono extremamente leve e resistente.

O esportivo fez sua estreia mundial no Salão do Automóvel de Tóquio, em 2009. No mesmo ano,
disputou as 24 Horas de Nürburgring e sagrou-se campeão na categoria SP8.

Motor

O propulsor V10 foi especialmente desenvolvido para o veículo e conta com o sistema VVT-i, que controla o tempo de abertura das válvulas de admissão e otimiza tanto a admissão quanto a exaustão. Bicos injetores de alto volume contribuem para que 90% do torque do esteja disponível já a partir dos 3.700 rpm, permitindo acelerações e retomadas vigorosas em qualquer velocidade e em qualquer marcha.

Com peso em ordem de marcha de apenas 1.580 kg, obtido por meio do uso extensivo de fibra de carbono no chassis e na carroceria, e 560 cv de potência máxima, o LFA tem relação potência/peso de 377,9 cv por tonelada.
Design

Além de conferir baixo peso e alta durabilidade, a utilização de fibra de carbono deu aos designers do LFA muita liberdade, permitindo que eles criassem formas, curvas e ângulos que seriam impossíveis de serem feitas em metal. O design da traseira do LFA, que leva o fluxo de ar para longe do veículo, garantindo boa eficiência aerodinâmica, não poderia ser forjada em metal, segundo a montadora.

O estilo limpo é livre de detalhes desnecessários, refletindo um design sóbrio.  Suas numerosas entradas de ar e elementos aerodinâmicos são funcionais e também estéticos.  O conjunto ótico do LFA inclui faróis de xenônio de alta intensidade e luzes de freio em LED. Os espelhos retrovisores foram projetados não apenas para oferecer ótima visibilidade, mas também para canalizar ar frio para as entradas de ar traseiras do LFA.

Internamente, o cockpit é rebaixado e totalmente voltado ao motorista. A cabine, para dois ocupantes, é dividida de forma lógica em três áreas: a mecânica, a humana - com os assentos que abrigam os ocupantes confortavelmente, mesmo em situações de direção extrema – e finalmente, a dirigibilidade, com o painel de instrumentos e sua interface que permite integração harmoniosa entre homem e máquina.