Land Rover lança o novo Discovery, a cara do irmão Sport

Prévia já antecipava visual calcado no SUV de menor porte, mas semelhança é impressionante
Land Rover Discovery 2018

Land Rover Discovery 2018 | Imagem: Divulgação

Normalmente, na indústria automobilística, um modelo maior e mais sofisticado costuma inspirar veículos menores, mas a Land Rover inverteu essa regra com o novo Discovery, SUV de luxo que chega à 5ª geração.

Apresentado em grande estilo no Salão de Paris (com direito a maior construção em Lego do mundo, uma réplica da Tower Bridge de Londres), o novo Discovery é a cara do Discovery Sport, um derivado menor que substituiu o Freelander e que é hoje montado no Brasil também.

Na prática, isso significa romper com um estilo consagrado desde a primeira geração, surgida em 1989. Versão mais ‘familiar’ da família britânica, o Discovery se diferenciava pela grande área envidraçada e pelo teto com um ressalto na parte final.

É verdade que essas características foram preservadas na nova geração (que, a exemplo do anterior, não recebe mais uma numeração), mas o degrau, por exemplo, está mais discreto provavelmente para melhorar a aerodinâmica e a eficiência. Aliás, talvez esteja aí a grande novidade do modelo, um estilo mais esguio e curvilíneo no lugar do formato retangular de antes, fruto da preocupação com aerodinâmica – que também contou com a ajuda da carroceria de alumínio, 480 kg mais leve.

O que causa estranheza mesmo é que o Discovery se diferencia muito pouco da versão Sport: para-choque com enormes entradas laterais e os elementos dos faróis, mais retilíneos. De resto, um observador desatento certamente vai estranhar como “Discovery Sport” parece maior na rua.

Mais eficiente

Na essência, a nova geração do Discovery segue a cartilha de tornar o SUV, outrora o inimigo número do meio ambiente, num veículo mais comedido no consumo de combustível e nas emissões. A Land Rover substituiu o V6 turbodiesel por um novo 3.0 V6 com apenas 2 cv de potência a mais (258 cv), mas que é 7% menos poluente. E, de quebra, o propulsor faz o Discovery acelerar de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos (redução de 1,2 segundo).

A transmissão é da ZF de oito marchas com trocas automáticas ou sequenciais. Já a versão a gasolina também utiliza um V6, mas com 340 cv de potência e desempenho ainda mais impressionante para um gigante como o Discovery: 7,1 segundos de 0 a 100 km/h.

Por dentro, o Discovery ganhou novo sistema de entretenimento InControl Touch Pro e que também comanda funções de conforto como aquecimento dos bancos e de climatização.

O ‘DNA’ (desculpem, foi inevitável) off-road está presente no pacote de controle ativo do SUV que inclui controle de descida íngreme (HDC), controle gradiente de liberação dos freios (GRC), controle de tração (ETC), controle de estabilidade para evitar capotagens (RSC) e até um sensor de profundidade que evita que os ocupantes entrem em lagos ou rios muito profundos.

O Discovery segue oferecendo sete lugares (todos capazes de levar adultos), mas com uma configuração ‘stadium’ em que as fileiras de trás ficam posicionadas mais altas que as da frente e possibilidades personalizadas de configuração.

Em suma, um SUV que impõe respeito, é menos alheio ao meio ambiente e anda bem, além de ter tecnologia de sobra. Mas poderia ser um pouquinho menos parecido com o Discovery Sport.