Kwid surpreende positivamente no Latin NCAP

Compacto da Renault recebeu três estrelas para adultos e crianças em crash teste após fracasso da versão indiana no ano passado
Renault Kwid 2018

Renault Kwid 2018 | Imagem: Latin NCAP

A expectativa a respeito do resultado do teste de impacto com o Renault Kwid nacional existe desde maio de 2016 quando a pioneira versão produzida na Índia fracassou num teste do Global NCAP. O compacto, pensado para mercados emergentes, mostrou-se extremamente inseguro nessa avaliação.

Daí que já se esperava pelo pior quando fosse a versão brasileira. Mas, para a surpresa geral, o Kwid brasileiro teve um desempenho respeitável segundo o Latin NCAP, a versão local do programa europeu. Foram três estrelas para adultos e outras três estrelas para crianças na versão equipada com quatro airbags.

“É bom ver quão rápido podem reagir os fabricantes em relação com o primeiro Kwid avaliado (versão fabricada na Índia e testada pelo Global NCAP) e esse Kwid brasileiro de três estrelas. É alentador ver os fabricantes respondendo aos testes do Latin NCAP e do Global NCAP, bem como às preferências dos consumidores por uma maior segurança, mesmo nos modelos mais acessíveis.”, explicou Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP.

De acordo com a entidade independente de segurança viária, o teste do Renault Kwid mostrou apenas ferimentos marginais no motorista, na região do tórax assim como na criança em impacto lateral, onde foi constatada uma proteção fraca também no tronco – a estrutura do carro foi considerável estável.

Alívio num segmento de resultados ruins

As três estrelas do Kwid o colocam numa posição bem superior a alguns carros de bastante sucesso no Brasil como o Onix e o Ka. O Chevrolet zerou em proteção para adultos e teve três estrelas na segurança infantil, resultado semelhante ao do modelo da Ford.

Já o concorrente direto do Kwid, o Fiat Mobi conseguiu uma estrela para adulto e duas para crianças em agosto deste ano – o Volkswagen up! foi testado em 2014 quando os requisitos eram menos rigídos.

 

 

Ricardo Meier

Comenta o mercado de vendas de automóveis e tendências sustentáveis