Kwid não será o carro mais barato do Brasil, diz presidente da Renault
Carlos Ghosn confirmou nesta terça-feira (02) o lançamento do modelo e também dos SUVs Captur e Koleos no Brasil em 2017
A Renault oficializou nesta terça-feira (02) o lançamento no Brasil de três novos veículos em 2017. São o compacto Kwid (já anteriormente confirmado), o SUV Koleos e o crossover Captur – desses apenas o Koleos será importado.
O anúncio foi feito pelo presidente mundial da marca, o brasileiro Carlos Ghosn, que revelou que a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, será ampliada para comportar a chegada do Kwid e do Captur.
Segundo Ghosn, o objetivo é claro: aumentar a participação no mercado brasileiro para 10% (hoje é de 7,4%) e o caminho passa para uma oferta maior de SUVs. “Na Europa, eles já representam 25% das vendas e aqui apenas 15%”, explicou o executivo.
Ghosn, aliás, considera o Kwid um ‘SUV’ e apressou-se a dizer que o compacto, que tomará o lugar do Clio, será um produto competitivo, porém, não tão acessível: “Mas não será o carro mais barato do Brasil, eu adianto”. O receio vem da expectativa do setor que o pequeno modelo possa custar menos de R$ 30 mil.
“C” em vez de “K”
O Kwid deve ser o primeiro dos três modelos a chegar ao país no início do ano. Ele deve ganhar um novo motor 3 cilindros 1.0 litro com performance mais avançada. Já o Koleos fará o papel de SUV médio e disputará mercado com modelos como o Novo Tucson e o Honda CR-V, por exemplo.
O último modelo da lista deve ter um impacto grande nas vendas da marca. O Captur também será produzido no Brasil mas traz consigo uma “pegadinha”: trata-se do Kaptur, com ‘K’ e não o Captur europeu. A diferença é grande afinal o Kaptur surgiu na Rússia como uma releitura do primeiro, com mais espaço interno e construção mais simples. É esse o modelo mostrado na apresentação de Ghosn e que deve enfrentar modelos como o HR-V, Kicks e Renegade.
O AUTOO antecipou essa avalanche de lançamentos em junho (confira aqui).
O executivo da Renault também falou sobre o mercado brasileiro, que na visão dele deve fechar o ano com apenas 2 milhões de veículos vendidos. Ghosn acredita que haverá uma recuperação e que “em breve voltaremos a vender 3,6 milhões de automóveis como no passado”.
Segundo ele, apesar do crescimento nos últimos anos, há no Brasil apenas metade da relação carro/habitante de Portugal, um mercado que não chega a impressionar na Europa. No entanto, o executivo fez questão de lembrar a razão de não prometer muito na região: “aqui as regras mudam demais”.