Kia trará Rio e novo Cerato do México
Apesar do momento difícil, marca sul-coreana aposta no país e anuncia calendário de lançamentos para 2016
Talvez com a previsão mais pessimista entre os líderes do mercado automotivo brasileiro, o presidente da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, anunciou nesta terça-feira (8) o calendário de lançamentos da marca para 2016, ano no qual prevê que o país sequer alcançará 2 milhões de carros vendidos. “Acho que nós vamos sentir saudade de 2015”, declara o executivo.
De qualquer maneira, a Kia pretende encerrar o próximo ano com 21 mil carros vendidos, um número melhor em relação aos 16 mil carros da marca que deverão ganhar as ruas neste ano. Para contextualizar, os números ainda estão bem longe das 77.197 unidades que a Kia comercializou no Brasil em 2011, seu melhor ano por aqui.
O que deverá dar um certo fôlego para a sul-coreana por aqui, acredita Gandini, é a inauguração da nova fábrica no México, a qual permitirá que alguns carros fiquem livre da sobretaxa do imposto de importação. É de lá que vamos receber o New Cerato (facelift baseado no modelo atual) em junho. Além do sedã, a Kia pela primeira vez vai oferecer o compacto Rio no país, sendo que a nova geração do modelo vai desembarcar aqui em novembro já com motor flex (possivelmente o 1.6 16V já usado no Soul). Em uma jogada de marketing, a Kia estuda importar algumas unidades do Rio atual para lançar na mesma época dos jogos olímpicos na capital fluminense (em julho).
Ainda importados da Coreia do Sul, a Kia também anunciou a chegada dos novos Optima e Sportage para março. Outro destaque da marca vai para a inauguração, prevista para novembro de 2016, do laboratório de certificação de emissões veiculares. Ele será construído em Itu, interior de São Paulo, e recebeu investimento de R$ 35 milhões. Pelo menos na atual conjuntura econômica, com o dólar beirando R$ 4, o presidente da Kia descarta a importação do Soul elétrico ao país, modelo que poderia se beneficiar da recém-criada isenção de imposto de importação para veículos do tipo. “Se eu o importasse hoje ele ficaria muito caro, na casa de R$ 230.000, o que torna praticamente inviável a venda por aqui”, finaliza Gandini.