Kia mostra o novo K3, o Cerato chinês
Modelo ganha visual mais agressivo, ampla grade frontal e terá propulsão híbrida com motor turbo
A Kia apresentou, no Salão de Xangai, o novo Kia Cerato, que lá é chamado de K3. Apesar de ter sido desenvolvido para o mercado chinês, com produção da fabricante local DYK (fusão entre a Dongfeng Yueda e a Kia), nada impede que o visual do novo sedã acabe inspirando mudanças em outros modelo mundo afora, incluindo o mexicano, que é importado para o Brasil, principalmente por levarmos em conta que os modelos são globais atualmente.
O visual ficou mais atraente e agressivo, com vincos mais pronunciados em toda a carroceria. A grade está mais pronunciada e os faróis ganharam traços retilíneos. As grandes entradas de ar do para-choque dianteiro dão imponência ao conjunto.
A comercialização do novo Cerato começa neste semestre em solo chinês, sendo vendido em duas versões: a gasolina e híbrido plug-in (que pode ser ligado na tomada). O propulsor abastecido com gasolina é 1.5 aspirado, enquanto o casado com o sistema elétrico será um 1.4 turbo.
Ostracismo no Brasil
Se lá fora o Cerato continua a ser um carro revelante para a Kia, no Brasil o sedan não é mais sombra do que foi. O grande momento do Cerato em nosso país ocorreu em 2011 quando quase 21 mil unidades foram vendidas e só ficou atrás do Civic e do Corolla no ranking. Na época, o sedan tinha uma proposta interessante: usava um motor 1.6 econômico e tinha preços mais em conta que Corolla e Civic. Mas o aumento do imposto de importação somado ao Inovar Auto, que dificultou a vida para carros feitos no exterior, minaram a estratégia da Kia. As novas gerações do modelo também não encantaram e o Cerato virou um ilustre desconhecido.
Desde que passou a ser produzido no México e com o fim do Inovar Auto, esperava-se que a Kia voltasse a invesir no modelo, mas até agora nada mudou - culpa do dólar valorizado, segundo a marca.
De qualuer forma, o Cerato precisa de um banho de loja por aqui como ser equipado com propulsor 2.0 flex aspirado, com 167 cv. Isso poderia deixar o sedan mais esperto e atraente para novos compradores, pois seu propulsor atual, o 1.6 de 128 cv, não enche os olhos dos consumidores. Aqui no Brasil foram emplacados apenas 2.472 unidades do Cerato em 2018, deixando o modelo na décima posição entre os sedãs médios vendidos do país. Ou seja, bem distante do primeiro colocado Toyota Corolla, quem emplacou 59.062 carros.