Kia Cerato é a mais nova vítima dos SUVs e deixa o Brasil
Sedã não está mais sendo importado, mas poderá voltar em outro momento, diz a fabricante
Era uma questão de tempo para o sedã Kia Cerato deixar de ser vendido no Brasil. Isso acaba de acontecer, já que a fabricante confirma que não está mais trazendo o modelo ao Brasil, embora considere voltar a trazê-lo mais adiante, conforme contato que a reportagem de Autoo teve com a assessoria de imprensa.
Claro que a decisão foi tomada por uma questão mercadológica. Os SUVs dominam as vendas, com uma média de 46,9% do total, considerando o primeiro semestre do ano, de acordo com dados da Fenabrave, ante apenas 3,3% dos sedãs médios no mesmo período. Não é à toa que a marca coreana trabalha atualmente com os utilitários esportivos Stonic, Niro, Sportage, além da minivan Carnival e do caminhão Bongo.
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O sedã Cerato vinha sendo oferecido no Brasil nas versões EX (R$ 136.490) e SX (R$ 152.190), ambas equipadas com motor 2.0 flex aspirado, de 157 cv e 20,6 kgfm de torque a 4.700 rpm, sempre com câmbio automático de seis marchas e tração dianteira. Havia a possibilidade de trazer a versão turbinada, plano que, agora, ficou interrompido.
A trajetória do Cerato o Brasil é de se considerar. Chegou ao mercado no início dos anos 2000, em um segmento dominado por figurões, como a dupla Toyota Corolla e Honda Civic. A Kia era uma marca estigmatizada, de certa forma, por causa do utilitário Besta e precisava mudar sua imagem.
O Cerato ajudou a fazer essa mudança com estilo arrojado e boa relação entre custo e benefício por vir com uma lista interessante de equipamentos de série. A questão do estilo foi se tornando cada vez mais determinante para o sucesso a marca no Brasil, com o alemão Peter Scheyer à frente da equipe de design, famoso por seu brilhante trabalho no setor automotivo e por ter sido o "´pai" do primeiro Audi TT.
Essa percepção de arrojo e sofisticação ganhou força com a chegada da segunda geração, em 2009 e foi ganhando força ao longo do tempo com o lançamento a seguinte. Mas o apelo dos SUVs foi maior e acabou tirando o Cerato do mercado brasileiro, pelo menos por enquanto.
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