Kia bate recorde em 2010 e mira dobrar vendas
Montadora coreana planeja emplacar 107.000 veículos em 2011
Ano do novo recorde de vendas de veículos no Brasil, 2010 terminará bem para quase todas as marcas presentes no país, mas para a sul-coreana Kia o período foi especial. Desde os tempos da van Besta, logo após a abertura das importações, a montadora não atingia um volume tão grande de vendas.
E melhor: desta vez tratam-se de automóveis e SUVs mais sofisticados, com valor agregado maior. O crescimento este ano foi impressionante: de 24 mil unidades em 2009, a Kia saltou para 57 mil veículos – valor projetado até o final do dezembro.
Mas se comparado ao esperado para 2011, este ano torna-se modesto. A Kia pretende emplacar nada menos que 107 mil carros no ano que vem, mais que o dobro do volume atual. Razões para isso ela tem e mostrou no Salão do Automóvel. Os novos Sportage, Cadenza, Optima, além das versões hatch e cupê do Cerato. Para completar, espera-se um novo Picanto para 2011 e a chegada do Rio, um sedã pequeno que ficará abaixo do Cerato. A montadora também investe nos motores flex e deve ampliar a gama de modelos que o utilizam, hoje restrita ao Soul.
Ex-Chrysler
Para estruturar a direção da empresa, a Kia foi buscar o presidente da Chrysler no Brasil, Philip Derderian, que assume a recém criada diretoria de marketing, além da volta do executivo José Vital para a função de diretor de pós-vendas, uma área estratégia para uma marca que cresce tanto. Apesar disso, a Kia ainda precisa resolver os gargalos de importação de veículos já que praticamente toda a sua linha (com exceção do caminhão Bongo) vem direto da Coréia e disputa com outros mercados os lotes de produção, uma situação que faz com que José Luiz Gandini, presidente da filial brasileira, vá seguidas vezes para Miami (onde fica a divisão da América Latina) lutar por aumento de cotas para o Brasil.