Jeep Renegade Sahara mostra que SUV ainda dá samba contra T-Cross e Creta
Versão top de linha com tração 4x2 tem bom pacote de equipamentos por um preço menor que seus rivais
Eu sei que a intenção da Jeep ao lançar a versão Sahara para o Renegade foi trazer à lembrança a aventura de atravessar o deserto. A cor Slash Gold opcional para a carroceria remete à areia, mas eu falhei na missão e só conseguia lembrar dos versos “...atravessando o deserto do Saara…” quando entrei na novidade da linha 2025 pela primeira vez.
E, embalado pela composição de Haroldo Lobo e Antônio Nássara, fui tentar descobrir se o veterano SUV ainda dá samba contra os renovados principais rivais, o Volkswagen T-Cross e o Hyundai Creta.
Chamo de veterano porque o visual é praticamente o mesmo de sempre e há quem diga que isso é um mérito do Renegade por ter um desenho icônico, difícil de ser alterado, e que, particularmente, me agrada.
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Mas o tempo passou a o SUV compacto mantém os faróis redondos, o formato meio caixote da carroceria e as lanternas quadradas. Na versão Sahara há rodas de 18 polegadas, detalhes cromados na grade, adesivos nas colunas “C” e a cor exclusiva que, lembrando, é vendida à parte.
Por dentro, o Renegade Sahara, que ocupa o topo da linha com tração 4x2, seduz pela qualidade de acabamento e pelos equipamentos a bordo. Tem ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia de 8,4 polegadas, teto solar panorâmico, sete airbags e bancos de couro. Há também o pacote Adas com assistências a condução já de série.
O espaço interno é razoável, com alguns incômodos, como o degrau alto na base das portas, problema comum da plataforma Small Wide, presente na Fiat Toro também. O porta-malas de 320 litros não leva toda a bagagem de uma família, mas atende para uma escapada de fim de semana ou no uso diário na cidade.
Ao volante, o Renegade traz o conhecido motor 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque. O câmbio automático de seis marchas forma um bom conjunto para o porte do Renegade. No modo Sport, as mudanças de marcha ficam mais rápidas e quem gosta de uma pegada mais dinâmica, pode ficar mais feliz.
A suspensão McPherson na frente e multilink atrás colabora para uma dirigibilidade agradável. Ela é voltada para o conforto, mas atende bem nas curvas.
O preço pedido pelo Sahara é sugerido em R$ 174.990, exatamente o mesmo da versão Trailhawk 4x4. Quem optar pelo segundo, além da tração integral, ganha o câmbio de nove marchas. Perde o teto solar panorâmico, no entanto. É uma opção mais interessante para quem precisa eventualmente andar na terra.
De qualquer forma, os dois são mais em conta que os rivais Volkswagen T-Cross Highline —que sai por R$ 180.690 e sobe para R$ 191.830 com teto solar e Adas— e Hyundai Creta Ultimate, de R$ 189.990 em pacote único de opcionais. Ou seja, o Renegade ainda dá samba sim.