Jaguar XJ deixa a tradição de lado
Sedã inglês mais luxuoso perde o ar aristocrático e rejuvenesce décadas
Não dá para dizer que foi influência do novo dono, Ratan Tata, indiano famoso pelo carro mais barato do mundo, afinal a venda foi concretizada depois de o projeto estar pronto, mas o novo XJ, da Jaguar, é outro carro, como mostram as primeiras imagens oficiais que vazaram.
O XJ é para os ingleses o que representa o Mercedes-Benz Classe E para aos alemães: o carro executivo nacional, figurinha fácil nas regiões mais ricas do país. E sempre foi um sedã com ar aristocrático demais, pouco chegado a inovações.
Mas a nova geração não só rompe com isso como toma liberdades que nem os mais simples XF e X-Type tiveram a ousadia de fazer. Onde já se viu teto de vidro num carro como esse? Ou colunas tão estreitas na parte traseira, que incorporam parte do vidro?
O perfil é o de um cupê de quatro portas: teto baixo e janelas estreitas e a traseira avolumada. Aliás, é justamente a traseira que polemiza. Leva um logotipo da Jaguar imenso, belas lanternas contornando a tampa do porta-malas, mas lembra muito o Continental GT, o cupê da Bentley, que é rival da marca.
A frente, ao contrário, é praticamente idêntica a do XF, o sedã abaixo do XJ, o que não é um problema. A Jaguar introduz no XJ a nova estrutura de alumínio de origem na indústria aeroespacial e terá motores V6 a diesel e V8 a gasolina.