Jaguar Land Rover reafirma compromisso com fábrica brasileira
Para executivo responsável pela região, fechamento da unidade não é considerado pela empresa
Apesar de operar bem longe de sua capacidade máxima – com um volume de 5 mil carros para uma capacidade instalada de até 25 mil unidades/ano – a recente fábrica do grupo Jaguar Land Rover em Itatiaia (RJ) inaugurada em 2016 seguirá em atividade.
A promessa foi feita por Frédéric Drouin, responsável pelas operações da Jaguar Land Rover para a América Latina, em entrevista ao Automotive News Europe. “Teoricamente o Brasil tem tudo para contar com um forte crescimento no próximo ano. Nós precisamos acreditar no futuro e fechar a fábrica no Brasil está fora de questão”, detalhou o executivo.
Atualmente são produzidos em Itatiaia (RJ) o Land Rover Discovery Sport e o Range Rover Evoque, sendo que a planta recebeu investimentos de R$ 750 milhões à época. Há cerca de quatro anos, quando as obras começaram e o Brasil vivia um ótimo período econômico, as vendas de carros de luxo por aqui atingiram um patamar de 60 mil unidades/ano com projeções otimistas apontando para a marca de 100 mil unidades, o que animou várias marcas a priorizarem o Brasil em suas estratégias. A sobretaxa aos importados instalada pelo Inovar-Auto também foi preponderante para que muitas fabricantes conseguissem conferir uma certa competitividade mercadológica aos seus automóveis.
Porém, após o início da recessão econômica dos últimos anos, o mercado de carros premium desabou para a marca de 45 mil unidades registradas em 2017. “A demanda que estava reprimida começou a voltar a partir de 2018 e, se isso continuar, o mercado de luxo pode voltar ao patamar de 2014”, analisa Drouin.
O alto executivo da Jaguar Land Rover optou por não realizar muitas previsões além deste ano já que ainda dependemos do resultado das urnas em outubro e ainda aguardamos quais serão as novas diretrizes do Rota 2030, novo regime automotivo que era esperado para vigorar a partir de janeiro deste ano.
“Se você não acredita no Brasil é melhor sair agora, mas acredito que o país tem tudo a seu favor para ser bem-sucedido”, conclui Drouin.