Deve chegar ao Brasil em 2021: JAC J7 é ''um carro que merece aplausos'', dizem mexicanos

Modelo competirá no segmento de sedãs médios de lá e agrada pelo visual, acabamento e conforto, mas não está livre de críticas
Acima o JAC A5, que, no Brasil, vai adotar o nome JAC J7

Acima o JAC A5, que, no Brasil, vai adotar o nome JAC J7 | Imagem: Divulgação

Apesar de as vendas da JAC não serem as mesmas do passado, a marca acabou de renovar a sua gama de SUVs para 2021, dando cara nova ao T40, T50 e T60. Além disso, a operação nacional da empresa anunciou que fará mais duas estreias no ano que vem, uma delas é o SUV médio elétrico iEV60, que deve chegar em maio.

A aposta do Autoo para o segundo modelo é o J7, sedã do tipo liftback, onde o porta-malas se abre como em um hatch. Resta saber se o modelo chegará com motor a combustão ou em sua variante elétrica, o que é mais provável, a qual já é oferecida na China. O modelo teve a colaboração da Volkswagen no desenvolvimento e começou a se expandir globalmente. 

O carro acabou de ser apresentado para o mercado Mexicano, onde baterá de frente com modelos como o Toyota Corolla e o Nissan Sentra. E os mexicanos ficaram bem surpresos. Um dos veículos que já andou na novidade foi o site AutoDinámico, que intitulou seu vídeo de avaliação “JAC J7: um carro que merece aplausos”.

O que ele tem?

No México, o JAC J7 é vendido em três configurações com preços variando entre 339.000 pesos mexicanos (R$ 86,9 mil) e 409.000 pesos mexicanos (R$ 104,9 mil). Todas são equipadas com o mesmo propulsor 1.5 turbo a gasolina capaz de entregar 148 cv de potência e 21,3 kgfm de torque na calibração para aquele mercado. A transmissão é manual na versão de entrada, as duas outras são automáticas do tipo CVT.

Para o México, é declarado um consumo de 9,8 km/l em uso combinado entre cidade e estrada. Nas medidas, o carro tem 4,75 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,49 m de altura e entre-eixos de 2,76 m. O volume do porta-malas não foi declarado, mas com a abertura maior, é mais prática que a de um sedã convencional.

Entre os principais itens de série, o JAC J7 mexicano já conta com freio de mão eletrônico, ar-condicionado automático, iluminação completa por LEDs (incluindo a cabine), central multimídia com tela vertical, conectividade via Android Auto e Apple Car Play, rodas de 17 polegadas e painel de instrumentos digital. Nas versões mais completas aparecem itens como teto-solar panorâmico, iluminação ambiente, bancos de couro com regulagem elétrica para o motorista, seis airbags, alerta de ponto cego e câmeras com visão 360 graus.

Acima o JAC A5, que, no Brasil, vai adotar o nome JAC J7
Acima o JAC A5, que, no México, adotou o nome JAC J7
Imagem: Divulgação

O que acharam do JAC J7?

O jornalista mexicano começou a avaliação comentando que os veículos chineses eram “patinhos feios do mercado, inclusive por serem literalmente feios” e teria sido supreendente ver as linhas do JAC J7 saírem tão harmoniosas, com uma grande e imponente grade frontal, não devendo nada para os riviais nesse segmento.

Outro ponto levantado que pode ser considerado em comum com o mercado brasileiro é quanto ao acabamento da cabine. E aí veio outra surpresa: avaliado na versão mais cara, a unidade testada não trazia nenhuma falha de montagem e contava com materiais macios ao toque no painel. O único pênalti ficou para os painéis de portas, que ainda traziam plásticos mais rígidos.

A cabine em si foi julgada como ergonômica e a central multimídia foi elogiada pela disposição vertical, como vem sendo tendência globalmente. No entanto, sentiu-se falta de algumas coisas, como ajuste de profundidade no volante, retrovisor interno eletrocrômico e mais ajustes elétricos para o banco, uma vez que apenas a profundidade pode ser regulada dessa forma. A Multimídia também se mostrou lenta nas transições entre os menus, principalmente entre o de climatização e o Android Auto.

O espaço para o banco traseiro foi considerado mais do que adequado para quem vai no banco traseiro, seja para os joelhos ou para a cabeça, apesar da presença do teto-solar. Quem vai lá atrás ainda conta com saídas de ar-condicionado e tomadas USB. Porém, o espaço para o motorista é mais limitado, com condutores mais altos ficando bem mais próximos do teto.

Quanto à dinâmica, o jornalista apontou que os carros chineses nunca foram voltados para uma condução divertida ou esportiva e o JAC J7 não era exceção. No entanto, quando o assunto é conforto, o modelo chinês conseguiu superar alguns de seus rivais tradicionais. O que não impressionou tanto foi o motor. Apesar de ser competente nas arrancadas, era muito ruidoso em rotações elevadas.

Na conclusão, a publicação diz que o JAC J7 não tem nada em comum com os automóveis chineses do passado. O apresentador do vídeo, inclusive, declarou que o carro era o primeiro modelo vindo da China que ele teria pessoalmente. Além disso, pôs-se no mesmo nível de qualidade de qualquer rival das montadoras tradicionais estabelecidas há décadas no México.

Detalhe do interior do JAC J7, nome que será adotado pelo sedan no Brasil
Detalhe do interior do JAC J7
Imagem: Divulgação

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