JAC J5: sedã médio com preço de compacto plus

Modelo chinês é a prova que o brasileiro leva mais em conta a marca do que produto em muitos casos
JAC J5 2016

JAC J5 2016 | Imagem: AUTOO

Numa semana em que conhecemos a nova geração de um dos sedãs médios mais consagrados do mercado, o Civic, AUTOO também avaliou um rival quase desconhecido, o J5. Não descobriu de que carro se trata? A gente ajuda, é da JAC, aquela marca que chegou de forma meteórica em 2011, mas que pagou caro por incomodar as montadoras tradicionais, que para muita gente, são “nacionais”.

O J5, ao contrário, foi lançado numa época em que a JAC não tinha a mesma agilidade para emplacar muito, mas até que estreou bem, com mais de 2 mil unidades vendidas em 2012. Desde então, os interessados rarearam, embora o veículo tenha recebido um banho de loja que corrigiu muitos dos pontos fracos do modelo original.

Confesso que fui um dos críticos do carro naquele ano. Achei o J5 muito aquém do que se oferecia na época, mesmo considerando os sedãs médios mais baratos – sim, não dá para colocá-lo na seara de Civic e Corolla, claro. O facelift, no entanto, melhorou o visual, deu a ele um painel decente sem falar no bom pacote de série.

O calcanhar de aquiles continua na dupla “motor 1.5 a gasolina e câmbio manual”. Não é uma combinação que agrada muita gente no Brasil nesse segmento e isso é parte do problema do carro. Mas o outro ponto fraco é curioso: nós valorizamos muito a marca mesmo que o produto seja inferior em vários pontos ou custe muito. É uma espécie de trauma em arriscar e ser surpreendido negativamente depois. E com razão afinal quantas vezes algumas marcas prometeram longa vida a um veículo e depois o tiraram de cena logo em seguida. Ou não supriram seus clientes com a devida atenção no pós-venda?

Ainda cansa dirigir

Quer a prova do que estou falando? Basta comparar o JAC J5 com o City, o sedã “peso meio médio” da Honda. Eles custam quase o mesmo nas versões manuais, têm motor 1.5 16V, mas oferecem um abismo em equipamentos.

Enquanto o dono do City DX se contenta com rodas de aço, ar-condicionado manual, freios a tambor na traseira e garantia de 3 anos, o proprietário do J5 leva rodas de liga aro 16, ar digital, freios a disco nas quatro rodas, suspensão independente, central multimídia, Bluetooth, controle satélite do rádio no volante, faróis de neblina e luz diurna de LEDs e ainda sensor de estacionamento com câmera de ré integrada e retrovisor eletrocrômico – ah, sim, a garantia é de 5 anos.

 
 
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O sedã da JAC também leva vantagem no porte: é mais longo (13 cm), mais largo (7 cm) e com entreeixos mais espaçoso (11 cm a mais). Perde por pouco no porta-malas (460 litros contra 485 litros do Honda), mas tem desenho mais elegante, afinal é um sedã médio de nascença.

É verdade que o City responde com o motor flex, por vir equipado com uma direção de acionamento elétrico, possuir um câmbio de engates mais precisos e volante com ajuste de profundidade, mas é claramente um carro mais simples. No entanto, custa R$ 59,4 mil, apenas R$ 590 mais barato que o JAC.

Então parece uma questão racional? Nem tanto. Ao andar no JAC J5 você ainda se incomoda com a falta de esmero em algumas partes. A transmissão, por exemplo, tem engates secos que cansam com o tempo, assim como a resposta do motor em certas situações continua aquém do que se espera. A direção hidráulica é mais pesada, porém, tem progressão agradável. Os freios, embora a disco, têm modulação um tanto longa, o que passa uma certa impressão de insegurança. Para completar, muitas peças são pesadas e com materiais nem sempre bons de tocar. Em compensação, a suspensão melhorou e filtra bem as ondulações do asfalto "made in Brazil".

Boa parte desses pontos já foi resolvida em modelos de projeto mais recente da marca como o jipinho T5, mas já poderiam ter sido suprimidos no J5. Fato é que o sedã poderia sim estar na lista de compras de mais gente não fosse o estigma de carro chinês persistir ainda e o momento da economia, que não tem dado margem para que muitos consumidores arrisquem.

Ainda creio que os chineses terão uma participação mais ativa no mercado brasileiro. Basta lembrar dos primeiros carros trazidos e comparar com os atuais para notar uma evolução, mas a situação só deve mudar quando seus novos produtos não só não perderem na maior parte dos quesitos como sobrarem em outros. Aí o risco de dirigir um carro de marca pouco conhecida poderá valer bastante a pena. 

  JAC J5 Honda City DX
Preço  R$ 59.990,00  R$ 59.400,00
Motor 1.5 16V gasolina 1.5 16V flex
Potência 125 cv a 6.000 rpm 115 cv a 6.000 rpm
Torque 15,5 kgfm a 4.000 rpm 15,3 kgfm a 4.800 rpm
Comprimento 4,59 m 4,46 m
Largura 1,77 m 1,7 m
Altura 1,47 m 1,49 m
Entreeixos 2,71 m 2,6 m
Porta-malas 460 litros 485 litros
Direção hidráulica elétrica
Câmbio manual de 5 velocidades manual de 5 velocidades
Suspensão traseira Indenpendente semi-independente
Central multimídia sim não
Vidros elétricos nas 4 portas elétricos nas 4 portas
Auxílio estacionamento sensor e câmera Não
Rodas liga aro 16 aço aro 15
Ar-condicionado digital manual
Controle satélite sim não
Bluetooth sim não
Freios discos ventilados/sólidos discos ventilados/tambor
LED sim não
Farois de neblina sim não
Retrovisores elétricos com repetidor de seta elétricos sem repetidor de seta
Coluna de direção ajuste de altura ajuste de profundidade e altura
Garantia 5 anos 3 anos

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