JAC E-JS1: chinês elétrico de R$ 164.900 é o carro mais eficiente do Brasil
Subcompacto teria consumo equivalente de 60 km/l na cidade se fosse movido a gasolina
Aqui no AUTOO já preparamos uma lista com os carros flex mais eficientes e econômicos hoje à venda no país, automóveis que caem como uma luva no contexto de combustíveis cada vez mais caros.
Apesar do preço ainda elevado, é importante ter em vista que os carros elétricos estão começando a se difundir no Brasil, com diversas marcas investindo na importação de produtos, mesmo que para ocupar um nicho de mercado.
Vale mencionar que esses modelos 100% elétricos comercializados no país são os que ocupam as primeiras posições no ranking de eficiência energética do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, o qual teve a sua tabela referente ao ano de 2022 atualizada no começo deste mês.
Com uma relação de consumo energético de 0,36 MJ/km, o JAC E-JS1 figura, atualmente, como o automóvel mais eficiente à venda no país.
Apenas como comparação, o veículo com propulsão exclusivamente térmica mais eficiente no mercado hoje é o Renault Kwid Zen, que apresenta uma relação de consumo energético de 1,36 MJ/km, quase quatro vezes acima do aferido para o hatch elétrico.
Mesmo figurando entre os carros eletrificados mais acessíveis do Brasil, é fato que ainda estamos longe de classificar o JAC E-JS1 como um carro barato.
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Atualmente tabelado em R$ 164.900, o E-JS1 custa duas vezes e meia acima do que é necessário para estacionar o Kwid Zen (R$ 64.690) na garagem de casa, o que demanda um tempo muito elástico e um uso consideravelmente intenso do carro para que o E-JS1 compense a diferença financeira.
A Renault, que lançou em abril deste ano a versão elétrica do Kwid importada da China, apresentou algumas contas interessantes a esse respeito.
Segundo a fabricante, ao comparar o Kwid E-Tech com um hatch compacto térmico com preço de R$ 78.990, o Kwid elétrico compensaria seu valor (R$ 142.990 à época do lançamento) ao fim de 3 anos, considerando o uso do carro por 20 mil km anuais. A estimativa levou em conta despesas com abastecimento e recarga, custo operacional (revisões, documentação e seguro) e o valor residual dos dois carros.
A favor do elétrico, como pontua a JAC, em um cenário de normalidade tarifária o proprietário do E-JS1 gastará em torno 7,5 vezes menos com eletricidade se comparado aos gastos com combustíveis em um veículo convencional de tamanho semelhante.
Outra questão é que, graças à mecânica com número bem menor de partes móveis, o custo de manutenção de um elétrico chega a ser até mais de 6 vezes inferior ao de um carro gasolina ou flex.
Em um elétrico, por exemplo, não é necessário realizar trocas de óleo, filtros ou outros componentes de desgaste natural encontrados em um modelo térmico. Com isso, as revisões resumem-se em inspeções pontuais no veículo, sobretudo no conjunto de suspensão e freios.
Um dado interessante apresentado pelo PBEV é uma equivalência de consumo dos carros elétricos avaliados caso eles operassem com um combustível fóssil. Na relação apurada para o JAC E-JS1, o nível de eficiência apresentado pelo elétrico seria equivalente a uma média de 60,3 km/l na cidade e 52,9 km/l na estrada se hipoteticamente abastecido com gasolina.
De acordo com a mesma tabela do PBEV 2022, as parciais do Kwid Zen com gasolina ficam em 15,3 km/l na cidade e 15,7 km/l na estrada.
Colocando em perspectiva, fica clara a superioridade em termos de eficiência dos automóveis elétricos, porém a questão do alto custo das baterias ainda é algo que precisa ser equalizado para tornar os modelos 100% elétricos viáveis financeiramente a um público maior de consumidores. Algo que, segundo algumas montadoras e empresas do setor, deverá ocorrer entre a metade e o fim desta década.