Hyundai i30 quer repetir sucesso do Tucson
Hatch médio sul-coreano começou a ser vendido no Brasil por R$ 54 000
Animada com o sucesso dos modelos Tucson e Azera, a Hyundai prepara agora sua entrada em um segmento mais concorrido e acessível, o dos hatches médios. Para enfrentar nomes de peso como o Golf, da Volkswgen, o Stilo, da Fiat, e o Vectra GT, da Chevrolet, a marca sul-coreana passou a vender este mês o i30, modelo que, diferentemente de outros carros da linha, é produzido na Europa.
Mas, ao contrário, do sedã Azera, o i30 não chegou tão barato a ponto de provocar desespero na concorrência. Pelo menos ainda não. A versão mais barata custa R$ 54 000, cerca de R$ 2 000 a menos que seus principais rivais. É pouca diferença, embora seu pacote de equipamentos seja bem atrativo. O motor é um 2.0 16V com comando de válvulas variável e que produz 140 cv e pouco de mais de 30 kgfm de torque. Mas não é flex, sistema que ainda não chegou aos carros coreanos.
Há opção de câmbio manual de seis marchas e automático de apenas quatro velocidades (e preço de R$ 58 000). Por mais R$ 6 000 dá para levar o teto solar e por um R$ 70 000, o i30 sai da loja com 10 airbags, oito a mais que os de série.
Entre os itens de série, aliás, o i30 oferece o de costume – direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico –, mas também ESP, freios ABS com EBD, sensor de estacionamento e rodas de liga leve de 17 polegadas. O Vectra GT, por exemplo, custa R$ 56 0 34 e não traz nenhum auxílio de estabilidade ou frenagem, além de ter rodas aro 16. E, para quem ainda desconfia dos produtos do país asiático, a Hyundai oferece 5 anos de garantia, ou seja, dois a mais que alguns carros da mesma faixa de preço.
Preconceito já é coisa do passado
Mas tudo indica que a tal antipatia por modelos da marca já é coisa do passado. Não só no Brasil, mas em outras partes do mundo, a Hyundai – e a Kia, sua irmã – ganham fatia de mercado sobre as marcas mais tradicionais, que vivem os problemas da crise mundial. Só nos Estados Unidos, os sul-coreanos já tem quase 5% de participação nesse que é o mais concorrido do mundo.
Apesar da origem europeia, certamente com custo maior de produção, é consenso no mercado que a Hyundai pode baixar mais o preço do i30, caso seja necessário. Se isso ocorrer, será um tormento para as marcas que hoje dominam esse segmento e não têm um modelo que possa acompanhar a estratégia agressiva dos cada vez mais presentes coreanos.