Rival de Compass, Taos e Corolla Cross: devo aguardar pelo Honda ZR-V?

A Honda apresentou o novo ZR-V na China e, com isso, finalmente descobrimos mais detalhes sobre o inédito SUV intermediário da marca, que está confirmado para o mercado brasileiro a partir de 2023.

Caberá ao modelo posicionar a Honda na disputa contra Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e VW Taos, categoria que registra ótima aceitação no país. 

Segundo as primeiras informações obtidas na China, o ZR-V conta com 4,56 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,62 m de altura. O entre-eixos, por sua vez, é de 2,65 m. 

As dimensões posicionam a novidade com uma boa vantagem em relação ao Jeep Compass, que registra 4,40 m de comprimento, 1,81 m de largura e 2,63 m de entre-eixos. Na comparação com o Toyota Corolla Cross (4,46 m de comprimento, 1,82 m de largura e 2,64 m de entre-eixos), o Honda também é superior.

Assim como Compass e Taos, o ZR-V dispõe de suspensão independente nas quatro rodas, com layout multibraço no eixo traseiro. O Corolla Cross produzido no Brasil, por sua vez, tem um conjunto mais simples, com eixo de torção entre as rodas traseiras. 

A introdução do ZR-V na gama Honda é facilmente entendida, uma vez que o CR-V atualmente enquadra-se em uma categoria imediatamente acima (médio porte), sendo que a próxima geração do SUV deverá superar os 4,60 m do modelo atual. 

O novo HR-V, que estreia no Brasil na segunda metade deste ano, conta com 4,34 m de comprimento e 2,61 m de entre-eixos, considerando o modelo já comercializado na Europa. Com isso, o HR-V seguirá posicionado entre os SUVs compactos, com o diferencial de oferecer um porte discretamente maior em relação aos seus pares.  

Imagem: Divulgação

Propulsão 

Na China, o ZR-V foi apresentado com o motor 1.5 turbo de 182 cv e 24,4 kgfm sob o capô, trabalhando em conjunto com uma transmissão automática CVT. 

Trata-se, portanto, da mesma mecânica que vai figurar nas duas versões mais caras do novo HR-V produzido no Brasil, exceto pelo fato de que o 1.5 turbo será flex no caso do SUV compacto. 

Na Europa, por sua vez, a Honda já confirmou que o ZR-V chegará ao continente também em 2023 oferecendo apenas conjunto propulsor híbrido e:HEV.

Com isso, a Honda teria duas excelentes opções para disputar mercado com o Corolla Cross aqui no Brasil, atacando tanto as configurações a combustão do Toyota quanto seus catálogos eletrificados. 

Até o momento o VW Taos não oferece nenhuma versão híbrida, enquanto o Jeep Compass tem em seu portfólio a alternativa 4xe, a qual posiciona o SUV em uma faixa de preço muito mais elevada por ser um híbrido plug-in.  

Interior 

Além de compartilhar a plataforma (HA) com a geração mais recente do Civic (será lançado neste ano no Brasil), o ZR-V divide com o sedã o design para o painel e muitos elementos do interior. 

Imagem: Autohome

Segundo as primeiras imagens do ZR-V chinês, é possível notar ali a mesma central multimídia com grande destaque, o volante também aplicado ao sedã, bem como o estilo para as saídas de ar percorrendo a porção intermediária do painel. 

Além do entre-eixos sugerir uma cabine espaçosa para cinco passageiros no ZR-V, detalhe interessante é que o SUV resgata o conceito do assoalho traseiro plano, o que favorece ainda mais o conforto. 

Imagem: Autohome

De acordo com as informações preliminares, o ZR-V terá um pacote completo de segurança e assistentes de condução, com destaque para o controle de velocidade adaptativo, assistente de permanência em faixa, entre outros itens. 

Devo aguardar? 

Pelas credenciais técnicas que o novo Honda ZR-V começa a demonstrar, certamente o produto surge como uma opção a ser aguardada se você está considerando a compra de um Compass, um Corolla Cross ou um Taos, em especial levando em conta as versões mais caras dos três modelos. 

Por ser importado, talvez o Honda ZR-V não conte com opções de entrada tão acessíveis quanto um Jeep Compass Sport ou um Toyota Corolla Cross XR, entretanto, para quem está ponderando a aquisição dos SUVs intermediários na faixa de R$ 180 mil a R$ 200 mil, o ZR-V pode compensar a espera até o próximo ano. 

Imagem: Divulgação