Honda New Civic usado é o sedã barato e confiável para "comprar de olhos fechados"
A oitava geração é tida até hoje como uma das mais bem acertadas da trajetória do modelo pelo Brasil
Ocupando a 13ª posição com 14.447 unidades vendidas no ranking de usados mais negociados de novembro da Fenabrave, o Honda Civic pode ser a sua próxima aquisição. Falando em especial da 8ª geração, esta foi uma das mais bem elaboradas.
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Fabricada em Sumaré (SP), ela foi lançada por aqui em abril de 2006, como modelo 2007, nas versões LXS e EXS, ambas com motor 1.8 16V de 140 cv e torque de 17,7 kgfm. Entre as opções de câmbio, estão desde a manual de cinco marchas (LXS) até a automática, também de cinco velocidades (opcional da LXS e de série com opções de trocas por aletas atrás do volante na EXS).
Quanto ao nível de equipamentos, o sedã é muito bem “recheado” sendo que mesmo na versão mais simples LXS, já traz dois airbags (motorista e passageiro), freios a disco nas quatro rodas com ABS, ar-condicionado, volante revestido em couro e controlador de velocidade de cruzeiro (piloto automático), CD-Player e rodas de alumínio de 16 polegadas. De opcional, só bancos em couro e transmissão automática. Já a EXS tem repetidores de seta nas capas dos retrovisores, ponteira cromada no escapamento, comando de som no volante, bancos e volante de couro, faróis de neblina, ar-condicionado digital, entre outros acessórios.
Em novembro de 2006, veio a versão flexível de 140 cv de potência quando abastecida com etanol e 138 cv com gasolina. Já o torque declarado é de 17,7 kgfm com o combustível vegetal e 17,5 kgfm com o líquido fóssil.
A esportiva Si foi ofertada a partir de março 2007 só com o motor i-VTEC 2.0 com duplo comando de válvulas (DOHC) de 192 cv e também pela transmissão manual de seis velocidades. Bem completo, o sedã esportivo trouxe de volta a alegria dos órfãos do icônico VTi dos anos 1990. Entre as diferenças, traz bancos esportivos com a nomenclatura “Si” estilizada, ar-condicionado digital, direção elétrica, controlador de velocidade de cruzeiro, CD player para seis discos com entrada para arquivos MP3 e WMA, freios ABS nas quatro rodas e controle de estabilidade.
A partir de janeiro de 2009, o Civic recebeu a primeira e pequena reestilização e, neste mesmo ano, todas as versões passaram a vir com entrada USB no rádio. Além disso, a LXS ganhou controlador de velocidade de cruzeiro e a EXS recebeu controle de estabilidade. A Si, por sua vez, estreou os airbags laterais dianteiros como itens de série.
Em janeiro de 2010, a Honda incorporou na família a LXL com os mesmos itens da LXS, acrescidos dos retrovisores elétricos dobráveis com seta indicadora de direção integrada e abertura remota de porta-malas por chave. Foi nesse ano que a Honda equipou o sedã com direção elétrica no lugar da hidráulica, além do ar-condicionado mais eficiente.
Por fim, a oitava geração ainda ganharia a “Special Edition” (SE) antes de sair de linha para dar lugar ao Civic 9ª geração. Faróis de neblina, sensores de estacionamento no para-choque traseiro e ar-condicionado automático eram alguns dos itens ofertados.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
- Para-choque e grade
Às vezes, pode ser até um update no conjunto frontal por gosto do dono, mas desconfie de unidades até o ano de 2008 com o para-choque dianteiro com entrada de ar separada por dois nichos de cada lado que abrigam os faróis de neblina, além da grade com um filete cromado mais anguloso. O correto é ter a régua cromada sem as tais linhas angulares e o para-choque com uma única entrada inferior de ar.
Acontece que o mero detalhe pode indicar que estas peças foram trocadas por conta de colisão frontal. O desalinhamento dos faróis com os para-lamas dianteiros pode indicar que já foi batido.
- Câmbio manual
A transmissão manual de cinco velocidades chegou a ser oferecida nas versões mais simples do sedã da Honda, como a LXS. Além de ter revenda mais difícil, elas costumam apresentar rangidos na embreagem, um problema crônico também dos modelos Fit e City. Dependendo do caso, a troca do kit do cilindro da embreagem pode resolver. Os valores variam de R$ 200 a R$ 350.
- Filtro da solenóide
Problemas de entupimento do filtro da solenóide do comando variável VTEC por conta do óleo de baixa qualidade é comum nesta geração. O principal sintoma, segundo seus donos, é o de que a válvula do VTEC não abre, afetando o desempenho. Só para constar, se precisar trocar a junta do filtro da válvula solenóide VTEC, o custo médio da peça original é de R$ 200 para o modelo Si, de 2007 a 2011, segundo cotação feita pelo site do Mercado Livre.
- Suspensão
Não que a suspensão seja ruim, muito pelo contrário. Ela é super confortável e macia nesta geração do Civic. O problema é que quando o carro está carregado com cinco adultos, ela se torna inimigo das lombadas e valetas. Olhe por baixo do assoalho para ver se não há raspões ou amassados no assoalho, e para-choques, e, principalmente, no cárter.
Aproveite também para checar se todos os batentes e buchas da suspensão estão em ordem. Só na suspensão traseira, a troca do kit com 12 buchas não sai por menos de R$ 1.100 pelo Mercado Livre.
- Recalls
Atente para os seguintes recalls: substituição do servo freio dos primeiros modelos fabricados em abril de 2006; polia da bomba dágua dos modelos flex feitos entre os anos de 2008 e 2011; airbag do motorista das unidades fabricadas até julho de 2014 e airbag do passageiro para os carros produzidos em abril de 2011 até outubro de 2014. Na dúvida, com o número da placa ou do chassi em mãos, forneça os dados ao atendente através do 0800-775-5346. Se preferir, também poderá consultar por conta própria através do site.
MELHORES E PIORES UNIDADES PARA COMPRAR
Oferecida nas LXS, EXS, LXL e Si todas têm as suas características e que vão depender do gosto e necessidade de cada um. Todas vão bem no mercado, mas a dica é dar preferência às opções flexíveis, com câmbio automático. As equipadas com direção elétrica, oferecidas a partir de 2010, também possuem melhor custo-benefício.
A partir de 2007, com R$ 37,3 mil, já é possível comprar a LXS com câmbio manual e motor flexível. Se optar pela transmissão automática, os preços médios para esta mesma versão ficam na casa dos R$ 38,4 mil, de acordo com a tabela da Fipe.
A topo de linha EXS tem preço tabelado em R$ 39,3 mil e pode ser a melhor opção àqueles que querem luxo e sofisticação com uma pitada de esportividade, por conta das opções de trocas manuais, feitas por aletas atrás do volante.
Falando em esportividade, a Si acabou se tornando um sonho de consumo do público mais jovem. Um exemplar 2007 custa R$ 68,3 mil, de acordo com a tabela oficial. E aí? Já sabe qual versão comprar?
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