Honda HR-V turbo começa a ser vendido; veja comparação com alguns rivais

Cerca de dois meses após a introdução das versões de entrada (EX e EXL) com propulsor 1.5 aspirado, a Honda começa a disponibilizar no mercado a nova geração do HR-V nacional também com o propulsor 1.5 turbo. 

Como grande novidade para o motor sobrealimentado, ao contrário do que ocorria até a geração anterior, o novo HR-V turbo agora é flex e pode rodar tanto com gasolina ou etanol. 

Apenas relembrando, o novo HR-V 1.5 turbo conta com até 177 cavalos a 6.600 rpm com etanol ou gasolina e o torque máximo é de 24,5 kgfm entre 1.750 e 4.500 rpm, também com qualquer um dos combustíveis. De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o novo HR-V nas versões Advance e Touring  tem consumo na cidade de 7,9/11,3 km/l (etanol/gasolina) e, na estrada, de 8,8/12,6 km/l.

O HR-V sem o auxílio da sobrealimentação, por sua vez, oferece até 126 cv e 15,8 kgfm de torque com etanol. O consumo do SUV aspirado é de até 12,7 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada com gasolina. 

Tabelado em R$ 176.800, o novo HR-V em sua versão Advance é a opção mais acessível para quem deseja o SUV com propulsão turbo. 

Entre seus principais itens de série, o HR-V Advance conta com o sistema myHonda Connect de veículo conectado, carregador de celular por indução, painel digital TFT de alta resolução com 7”, ar-condicionado automático com 2 zonas, modos de direção (ECON, Normal, Sport), para-choques esportivos, ponteira dupla de escapamento, rebatimento elétrico dos espelhos retrovisores, função Tilt-Down no retrovisor direito, sensor de estacionamento dianteiro e sensor de chuva. 

Já em sua opção topo de linha Touring (R$ 184.500), o HR-V turbo acrescenta banco do motorista com acionamento elétrico, partida remota do motor, rodas de alumínio aro 17” com design exclusivo, abertura automática do porta-malas por sensor de movimento com função de fechamento (Walk Away Close), molduras externas black piano, lanternas escurecidas e dois tweeters traseiros. 

Posicionamento de mercado 

Em relação à concorrência, hoje contamos no segmento de SUVs compactos com algumas alternativas interessantes para quem deseja um modelo sobrealimentado com nível de desempenho superior. 

Com seus 177 cv e 24,5 kgfm de torque, o novo HR-V turbo supera com relativa folga a potência e torque máximos do Chevrolet Tracker Premier 1.2 (133 cv/21,4 kgfm), entretanto fica atrás de modelos como o Jeep Renegade (185 cv/27,5 kgfm). 

Já em termos de potência, a dupla da Renault com o propulsor 1.3 TCe, no caso o Duster e o Captur, perdem em potência (170 cv) em relação ao HR-V turbo, porém entregam torque superior (27,5 kgfm). O mesmo podemos dizer do VW T-Cross Highline, que conta com 150 cv e 25,5 kgfm de torque máximo. 

A dupla Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus em suas versões com o propulsor 1.6 THP empatam com o novo HR-V turbo em torque (24,5 kgfm), mas oferecem potência menor (173 cv). 

Competitivo?

Apenas como comparação, o Renegade Longitude 1.3 turbo, versão mais equipada do SUV com tração dianteira, oferece consumo de 11 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada, de acordo com os números oficiais, portanto quase um empate com o Honda.  

Infelizmente a Honda não divulga dados de desempenho, porém, segundo a ficha técnica da Jeep, o Renegade Longitude é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em competentes 8,8 segundos se abastecido com etanol. 

Tabelado em R$ 147.990, o Renegade Longitude oferece preço bem mais competitivo do que o Honda, apesar da cabine mais acanhada em termos de espaço e um nível de versatilidade interna que não se equipara ao do HR-V. 

Em paralelo, o Jeep não é tão equipado quanto o Honda nas versões turbo, mas seu catálogo intermediário já sai de fábrica com o alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, revestimento interno de couro, rodas de liga leve aro 18”, entre outros itens. 

Olhando para segmentos superiores

Já para quem deseja um desempenho mais extremo, por assim dizer, tem no C4 Cactus Shine Pack 1.6 turbo um carro a ser considerado. Menor e mais leve em relação ao HR-V, o Citroën ao menos acelera de 0 a 100 km/h em ótimos 7,3 segundos, o que resulta em uma condução muito envolvente. 

É interessante salientar que o HR-V Touring chega a superar, em preço, SUVs intermediários como é o caso do Toyota Corolla Cross XRE (R$ 173.190) e o Jeep Compass Longitude (R$ 179.990), o que denota uma clara estratégia da Honda de tentar aproximar o novo HR-V turbo de uma faixa de mercado superior, ao menos enquanto o ZR-V não é lançado por aqui. 

Com isso, é provável que os catálogos aspirados da nova geração do Honda HR-V fiquem com a maior participação em vendas do modelo, posicionando as opções turbo para um perfil de cliente muito específico.