Híbridos leves: 2025 será o ano deles? Confira análise sobre o que vem por aí
Fabricantes vão lançar mais micro-híbridos como solução de baixo custo para reduzir emissões e consumo
A questão da redução das emissões segue como uma das principais pautas entre as fabricantes. No Brasil, uma das soluções que vai ser adotada em larga escala é o sistema híbrido leve, ou micro-híbrido, como tem sido chamado ultimamente. Entre os modelos fabricados no país, a dupla da Fiat Pulse e Fastback saiu na frente. Mas diversos outros carros chegarão ao mercado com o mesmo recurso.
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Uma das metas do setor automotivo no Brasil é reduzir em 53% as emissões de CO2 até 2030 na comparação com 2005 e chegar à neuralidade até 2050, conforme estudo da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) com, o Boston Consulting Group. Conforme a mesma fonte, deve-se melhorar a eficiência energética dos veículos leves de 12% a 15% entre 2024 e 2028.
Para conseguir atingir esses objetivos, as fabricantes vão usar a eletrificação em conjunto com o aumento do uso de biocombustíveis, principalmente o etanol. Hoje em dia, conforme o estudo, apenas 44% das pessoas que têm veículos flex escolhem o etanol na hora de abastecer. Mas existe uma meta de atingir 60% até 2040. Isso depende uma política de preços, além de uma questão de oferta no mercado e de qualidade e já está sendo discutido entre as partes envolvidas.
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Stellantis terá mais híbridos leves em 2025
Imagem: Divulgação
Sobre a eletrificação, pelo menos num primeiro momento, a principal aposta fica por conta dos híbridos leves, que não encarecem demais os preços para o consumidor e nem os custos das fabricantes, o que os tornam interessantes. A eficiência em reduzir o consumo e as emissões dos também chamados micro-híbridos não é das melhores, mas o suficiente para cumprir as normas, pelo menos por enquanto.
Então, depois da dupla Fiat Pulse e Fastback, outros modelos vão chegar ao mercado, já a partir de 2025. Da Stellantis, também pode-se esperar para 2025, outra dupla, desta vez da Peugeot: o hatch 208 e o SUV 2008, que devem usar o mesmo sistema da Fiat. Depois, será a vez da Jeep, com o Compass híbrido leve, com motor 1.3 turboflex e com câmbio automatizado de dupla embreagem.
A Renault também trabalha no Kardian com sistema híbrido leve para o final de 2025. O crossover se deu bem no mercado em 2024, principalmente depois da chegada da versão manual, em outubro. Mas vai passar por mudanças que estão sendo preparadas pela marca francesa, com o objetivo e dar ainda mais apelo ao modelo.
Imagem: Divulgação
A Volkswagen e a GM também estão com modelos híbridos leves nos planos, mas que devem chegar ao mercado brasileiro apenas entre 2026 e 2027. A marca alemã terá o novo motor 1.5 turboflex, fabricado em São Carlos (SP), que será eletrificado neste período. E a GM trabalha com um cronograma parecido.
As japonesas Toyota e Honda, bem como as chinesas BYD, GWM e outras, apostam mais nos híbridos completos, aqueles que vêm com um ou mais motor elétrico para tracionar as rodas, mesmo que apenas em baixa velocidade. Assim será o SUV compacto Yaris Cross, que chega no primeiro semestre de 2025.
No sistema híbrido-leve existe apenas um pequeno motor ligado ao virabrequim do motor a combustão que é acionado para dar um impulso nas arrancadas e nas retomadas para ajudar a reduzir emissões e o consumo de combustível.