Híbridos ainda são raros no Brasil
Modelo mais vendido em 2011 foi o Ford Fusion Hybrid, com apenas 175 unidades
Nos mais diversos mercados do mundo, como os Estados Unidos e a Europa, há um consenso de que, no futuro, os veículos com propulsão híbrida ou elétrica representarão uma fatia considerável nas vendas de automóveis. Mas no Brasil, o governo ainda se apóia na tecnologia flex, que vem se mostrando desvantajosa por causa do preço instável do etanol.
Algumas montadoras até tentaram disseminar os híbridos em nosso mercado, como a Porsche, com o Cayenne, e a Ford, com o Fusion Hybrid, mas as vendas não chegam a ser significativas.
A marca norte-americana, por exemplo, comercializou apenas 175 unidades da versão que usa motor a combustão em conjunto com um elétrico durante 2011, número que a fabricante considera ser animador, visto que o carro custa aproximadamente R$ 134 mil sem a ajuda do governo (54% a mais que a versão com motor 2.5 a gasolina).
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o mesmo modelo custa cerca de R$ 50 mil e vende 200 vezes mais que aqui, isso porque lá existem incentivos para esse tipo de tecnologia.
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Mesmo assim ainda há esperanças que o jogo vire, tanto que existem outras marcas, como a Nissan e a Toyota, que estão em negociação com o governo brasileiro e já fazem até divulgação dos seus modelos ecologicamente corretos – Leaf e Prius, respectivamente – para o público.
No caso do Prius, é dado como certa sua comercialização em nosso mercado (previsto para desembarcar no segundo semestre deste ano), com ou sem incentivos concedidos pelos nossos dirigentes.
Resta esperar e ver se essas marcas conseguirão atingir um público amplo com esses modelos e se o governo vai mudar de ideia e incentivar o consumo desse tipo de veículo reduzindo os (altos) impostos.