Híbridas, econômicas e 4x4: novas picapes médias vão surpreender
Tendência para a próxima geração dos modelos da categoria, eletrificação trará vantagens
Na medida em que novas informações vão surgindo nos bastidores, algo parece muito claro envolvendo a próxima geração das picapes médias: os principais modelos da categoria vão apostar na eletrificação.
Os rumores já sinalizavam essa direção envolvendo a Toyota Hilux, bem como a Ford Ranger. Por tabela, como a evolução da VW Amarok está sendo desenvolvida em conjunto com a picape da Ford, podemos esperar que elas compartilhem grande parte da mecânica.
Já em 2018, quando o AUTOO teve a oportunidade de entrevistar Koichi Namiki, responsável mundial pela área de veículos comerciais da Mitsubishi à época, o executivo revelou que a fabricante considerava a eletrificação um “caminho coerente” para a próxima geração da L200 Triton.
Novas apurações que surgiram nesta semana por parte da imprensa asiática inclusive apontam que as próximas gerações da Mitsubishi L200 e da Nissan Frontier estão sendo desenvolvidas em paralelo, algo natural já que hoje as duas marcas integram a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
Com isso, podemos esperar que a eletrificação ganhe destaque também para os dois modelos japoneses. Tudo leva a crer, olhando para as concorrentes, que a GM apostará em um caminho semelhante para a próxima geração da Chevrolet S10.
Além da semelhança no quesito técnico, a data de estreia das picapes médias renovadas também deverá seguir um calendário próximo.
A nova geração da Ford Ranger está confirmada para chegar ao mercado brasileiro em 2023, com a produção mantida na Argentina. Já no ano seguinte, são esperadas as apresentações globais das novas Mitsubishi L200 Triton e da Nissan Frontier comercializada em mercados emergentes (na América do Norte a Frontier passou a contar com uma derivação própria para a região).
A próxima geração da Chevrolet S10 também deverá ser introduzida no mercado brasileiro entre 2023 e 2024.
As vantagens da eletrificação
Além de atender normas de emissões mais rígidas, as vantagens da eletrificação no caso das picapes médias são diversas.
A combinação dos motores elétricos e térmico resultará também em menor consumo.
Em paralelo, o desempenho será notavelmente aprimorado, sobretudo por conta do torque superior dos propulsores elétricos disponível instantaneamente.
Outro ponto fundamental quando falamos de uma picape média, o sistema de tração nas quatro rodas deverá se tornar muito mais sofisticado graças à eletrificação.
Em seus projetos, as fabricantes podem contemplar soluções como a instalação de um ou mais motores elétricos no eixo traseiro, por exemplo, garantindo a motricidade das rodas posteriores sem a necessidade do eixo cardã.
A solução tradicionalmente utilizada hoje em dia acrescenta muito peso ao veículo e resulta em perdas na transferência do torque.
Um sistema híbrido, portanto, pode tornar a distribuição de força entre as rodas muito mais precisa, controlável e eficiente.
Se as marcas quiserem ir além — e a solução se mostrar viável financeiramente — quem sabe as futuras picapes médias poderão contar com versões híbridas plug-in, capazes de oferecer um alcance razoável ao veículo consumindo apenas eletricidade.
Ainda é importante considerarmos alternativas 100% elétricas para esses modelos, sobretudo após a ótima aceitação que a Ford F-150 Lightning recebeu nos EUA.
Como é possível notar, as picapes médias vão se tornar veículos altamente sofisticados no médio prazo. Uma categoria interessante para ficarmos de olho nos próximos anos.