Guia do Carro Usado: Hyundai Creta
SUV trocou de geração recentemente, mas segue com visual atual e conta com versões bem equipadas no mercado de seminovos
Lançado em 2016, o Hyundai Creta se tornou um dos principais sucessos da marca no país, estando sempre entre os SUVs mais vendidos. Espaçoso, bom de dirigir e com um dos maiores porta-malas da categoria, o modelo de primeira geração conquistou o público e tem um design mais conservador do que o novo Creta, que estreou em 2021.
No entanto, apesar de mais equilibrado no estilo, o modelo de primeira geração não tem o bom motor 1.0 turbo à disposição. Independentemente do ano-modelo desejado, o primeiro Creta sempre foi equipado com o propulsor 1.6 de 130 cv e 16,5 kgfm de torque ou com o 2.0 de 166 cv e 20,5 kgfm, sendo que o mais potente segundo sempre ficou restrito aos modelos mais caros.
As versões equipadas com o motor de maior deslocamento sempre utilizaram o câmbio automático de seis marchas, enquanto o Creta 1.6 chegou a contar com transmissão manual nas configurações mais baratas. No entanto, o ideal é priorizar os modelos automáticos pensando tanto no conforto quanto na hora da revenda, já que há uma procura maior por este tipo de transmissão no segmento de SUVs compactos.
Pontos positivos
Como a Hyundai oferece uma longa garantia de cinco anos, é possível comprar um Creta seminovo que ainda esteja coberto pela garantia. Quase todas as versões do SUV são bem equipadas, principalmente a partir da configuração Pulse Plus 1.6, que já trazia ar-condicionado digital, faróis com acendimento automático, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay e câmera de ré.
Com entre-eixos de 2,59 m, o Creta oferece um bom espaço para as pernas no banco traseiro, sendo capaz de levar quatro adultos com conforto. A altura de 1,63 m proporciona um bom espaço para a cabeça também. Já o porta-malas, com 431 litros, é um dos maiores da categoria e atende bem uma família pequena.
Voltado para um uso mais familiar, o SUV tem rodar confortável e conta com uma boa estabilidade em rodovias. A transmissão automática casa bem tanto com o motor 1.6 quanto com o 2.0, com trocas suaves e quase imperceptíveis.
Pontos negativos
O consumo nunca foi um ponto forte da primeira geração do Creta. Segundo os dados do Inmetro, os modelos 1.6 percorrem 7,6 km/l (etanol) e 10,4 km/l (gasolina) na cidade, e 8,2 km/l (etanol) e 11,7 km/l (gasolina) nas rodovias. Já os modelos 2.0 alcançam 6,9 km/l (etanol) e 10 km/l (gasolina) no ciclo urbano, e 8,2 km/l (etanol) e 11,4 km/l (gasolina) nas rodovias.
Além do consumo, o Creta não é um primor em acabamento. Sua cabine tem bastante plástico rígido até mesmo nos modelos mais completos. O desempenho dos modelos 1.6 também deixa a desejar, já que o SUV é lento nas acelerações e retomadas e gasta quase o mesmo em termos de consumo de combustível do que a versão mais potente.
Qual versão comprar?
Se estiver de olho em um Creta seminovo, tente ir em busca das versões 2.0. Todas contam com um bom pacote de equipamentos e o desempenho é melhor do que o 1.6, enquanto que o consumo é praticamente igual em ambos. Agora, caso o orçamento esteja apertado e só seja possível pensar nas versões com o motor menor, procure as configurações Pulse ou Pulse Plus, que oferecem uma melhor relação custo-benefício e que podem facilitar até mesmo a revenda.
De acordo com a tabela Fipe, o preço do Creta no mercado de usados varia entre R$ 80.000 e R$ 120.000. Trata-se de uma faixa bem ampla e que é ocupada por modelos menores ou menos equipados no mercado de veículos 0 km.