Guia do Carro Usado: Chevrolet Celta

Carro de alto volume de vendas, o Chevrolet Celta contou com uma longa carreira aqui no Brasil, comercializado de setembro de 2000 até abril de 2015. Até hoje, segundo o ranking histórico do Autoo envolvendo os carros mais vendidos do Brasil, o Celta figura em uma honrosa 8ª posição, somando 846.727 emplacamentos nos últimos 10 anos. 

Projetado com a premissa de custar o mais barato possível, o Chevrolet Celta sempre foi norteado por essa característica ao longo de toda sua jornada no mercado brasileiro. Oferecido com opções de motores 1.0 e 1.4, esse preço camarada na hora da compra o fez ser a escolha de muita gente (e muitas empresas também...) na hora da compra. Com isso, hoje é fácil encontrar várias unidades do modelo à venda, o que lhe faz ser um dos carros usados mais negociados em nosso país.

Pontos fortes

É inegável que o Chevrolet Celta ainda é oriundo de uma época onde a GM era reconhecida pela robustez de seus modelos produzidos aqui.

Com o Celta não é diferente e, de uma maneira geral, o modelo apresenta uma mecânica bem projetada para encarar as condições de nosso piso. Na mesma linha, por ser um carro “popular” seu custo de manutenção é acessível e não apresenta qualquer desafio para os mecânicos na hora de realizar qualquer reparo.

Considerando alguns modelos de proposta semelhante e projetados na mesma época, o Chevrolet Celta até que oferece um espaço interno razoável para os passageiros do banco traseiro e seu porta-malas de 260 litros está na média para um hatch de entrada.

Apesar de modelos mais modernos com motorização 1.0 entregarem um nível de consumo bem melhor, é inegável que o Celta com motor 1.0 VHCE (chegou ao modelo em 2009) entrega bom nível de desempenho considerando sua proposta.

Pontos fracos

Ao mesmo tempo em que permitiu um preço bem acessível, a simplificação extrema do projeto do Chevrolet Celta acarretou em algumas questões que devem ser levadas em conta.

A posição de dirigir, por exemplo, está muito longe de ser considerada boa, assim como a ergonomia. Pedais e volante são desalinhados e a segurança estrutural da cabine para a proteção dos passageiros é muito ruim. Avaliado em agosto de 2011 pelo Latin NCAP em uma configuração sem airbags, o Celta conquistou apenas 1 estrela na proteção de adultos e 2 estrelas na proteção de crianças.

Como já mencionamos, modelos 1.0 modernos, em especial com motorização de 3 cilindros, são capazes de entregar um nível de consumo mais interessante em relação ao Celta com o mesmo desempenho.

Quais versões devo comprar?

Se você vai optar pelo Chevrolet Celta, o ideal mesmo é olhar para unidades modelo 2014 ou 2015. Além de geralmente já contarem com ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos de série, essas unidades marcaram a despedida do Celta do mercado. Por já estarem mais “maduras”, por assim dizer, elas corrigiram alguns problemas crônicos do modelo ao longo de sua trajetória e darão menos dor de cabeça envolvendo a manutenção.

Outra vantagem de optar por unidades a partir do modelo 2014 em diante é a presença do airbag e ABS na versão LT.

Para quem gosta de um desempenho melhor, o Celta contou com a opção 1.4 de 85 cv entre 2003 e 2007, porém, por já contarem com idade bem mais avançada, essas unidades exigem muita atenção na compra.

Quais versões devo evitar?

Como já abordamos em um especial, não é recomendável optar, de uma maneira geral, por automóveis usados com mais de 5 anos de uso. O principal motivo é que o custo de propriedade, ou seja, quanto você gasta para manter o carro, praticamente dobra em veículos acima dessa idade.

Outro ponto: evite unidades sem ar-condicionado ou direção hidráulica, por exemplo, já que terão baixa liquidez na hora da revenda. Também evite unidades anteriores a 2005 que ainda contavam com motor 1.0 apenas a gasolina. Dê preferência por unidades de 2009 em diante que já contam com o propulsor 1.0 VHCE flex.