Google poderá fabricar o meio de transporte do amanhã
Empresa acredita que taxis elétricos autônomos e para apenas uma pessoa solucionarão problemas de locomoções urbanas
O mundo futuro poderá ser mais diferente do que os criadores dos Jetsons previam. Imagine uma grande cidade como São Paulo ou Rio de Janeiro, só que sem trânsito. E agora vamos além. Imagine que nestas cidades não haverá carros estacionados, ou mesmo vagas para eles. As calçadas serão mais largas e as casas não precisarão de garagens. O ar ficará mais puro, as pessoas menos estressadas, com mais tempo para elas mesmas. Ia ser o máximo.
Para que este cenário possa virar realidade antes da invenção do tele-transporte, o que precisará acontecer? Um tubo que envia pessoas dentro de capsulas? Esta é uma opção viária, não urbana. A resposta pode vir da gigante da tecnologia, a Google, e pode ser mais surpreendente do que parece: táxis.
Mas não qualquer táxi. Táxis autônomos. Não alguns deles, mas muitos. Um enxame de mini-táxis, mais precisamente. Capazes de levar apenas um adulto e se locomovendo sem nenhum motorista, eles podem ser a solução. Pense um pouco. Se tivesse diversos táxis pequeninos que fossem super baratos, quem não iria utilizá-los?
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As vantagens dos mini-táxis autônomos vem em enxurrada. Elétricos, eles não irão poluir o meio ambiente. Com os celulares tipo smartphone, basta agendar que o táxi livre mais próximo virá buscá-lo. Trânsito, procurar vaga, não descer na porta, ter altos custos de manutenção? Tudo isso vai ser coisa do passado.
Pois é. Parece que o Google se cansou de ajudar companhias automotivas a desenvolverem seus veículos autônomos. Depois de longas negociações e estudos, amplos investimentos e esforços da companhia do Vale do Silício, o gigante da internet perdeu um pouco de sua preciosa paciência e resolveu tocar pra frente seu exótico projeto.
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A Google até afirmou que, apesar de não ter experiência nem local para fabricar esses táxis, algum dia ela poderá vir a produzir seus próprios carrinhos.
O lado complicado do mini-táxi? As tecnologias que envolvem o veículo autônomo ainda não estão completamente desenvolvidas. Marcas como Toyota, Nissan e Volvo, entre outras, já rodaram milhares de quilômetros sem motorista, mas nenhuma vende um carro autônomo, por exemplo. Essa tecnologia só deverá ser comercializada por volta de 2020.
Outro ponto é estarmos viciados em automóveis. Nos acostumamos a eles e nossas cidades foram feitas para eles também. Muitas coisas teriam que ser adaptadas, mais postos de recarga teriam de ser construídos, o governo precisaria conceder incentivos fiscais, etc. Além disso, o custo de um veículo autônomo atualmente ainda é muito alto.
O interessante é saber que, aos poucos, o rumo do transporte acaba apontando mais para um ambiente onde os carros serão menos “meus” e mais “nossos”.