Geely, que estuda volta ao Brasil, vai desenvolver motores em parceria com a Volvo
Fabricantes vão criar uma nova empresa com foco em motores térmicos e propulsão híbrida
Proprietária da Volvo desde 2010, a Geely anunciou que as duas fabricantes vão criar uma nova empresa em conjunto, com foco no desenvolvimento de motores a combustão e conjuntos propulsores híbridos. A iniciativa abre espaço para que a Volvo Cars consiga centrar seus esforços em propulsores elétricos "como parte de sua ambição de colocar a sustentabilidade no centro de suas operações", destaca a fabricante sueca. Em meados da próxima década, a Volvo espera que metade de suas vendas globais sejam de automóveis totalmente elétricos e a outra metade híbrida, com conjuntos propulsores fornecidos pela nova empresa.
A Geely admitiu que também estaria aberta a fornecer esses novos propulsores para marcas de fora de seu conglomerado, que atualmente engloba as fabricantes Proton, Lotus, LEVC (London Electric Vehicle Company) e a LYNK & CO. Esses novos motores podem chegar futuramente ao mercado brasileiro graças aos rumores sobre a Geely retornar ao Brasil, como abordamos recentemente.
A montadora chinesa atuou por aqui entre 2014 e 2016 operada pelo Grupo Gandini. No curto período de tempo ela comercializou dois modelos no país: o sedã EC7 e o hatch GC2. Com 1.282 unidades vendidas no período, a tendência é que a marca volte se estabelecer por aqui com algum tipo de parceria ou aliança estratégica com o Grupo HPE, atualmente responsável pelas operações das japonesas Mitsubishi e Suzuki no Brasil.
Comprometida com o desenvolvimento de carros eletrificados, a Volvo pretende aumentar a participação de modelos com esse tipo de propulsão no Brasil, partindo de uma cobertura atual de 22% desses modelos em sua gama importada ao país para 40% de participação deles no ano que vem. A marca oferece hoje 250 pontos de carregamento para veículos elétricos ou híbridos da marca no Brasil, sendo que tem com meta dobrar esse número em 2020.