França só vai comercializar carros novos elétricos a partir de 2040
País europeu toma uma decisão estratégica para se tornar uma nação livre de emissões
Após a Volvo dar os primeiros passos para abandonar os motores a combustão de seus carros, a França adotará uma postura na mesma direção, segundo anunciado nesta quinta-feira (6) pelo ministro da Energia do país, Nicolas Hulot.
De acordo com a apresentação de Hulot sobre as novas diretrizes climáticas que o país adotará para os próximos anos, a mais radical delas diz respeito ao fim da comercialização de automóveis novos movidos a gasolina, diesel ou qualquer outro motor a combustão por volta de 2040.
Ainda de acordo com o ministro francês, o governo vai oferecer incentivos fiscais para substituir veículos a diesel atualmente circulando pelo país que contem com mais de 20 anos de uso e também para carros a gasolina produzidos antes de 2001.
Com isso, a previsão é que as vendas de grandes conglomerados franceses como Renault e PSA Peugeot Citroën cresçam consideravelmente graças à política de renovação de frota. A PSA, por exemplo, planeja oferecer versões elétricas para 80% de sua gama por volta de 2023, mais acredita que ainda levará um tempo para converter sua gama de produtos para uma linha somente com veículos elétricos.
O governo francês também vai encerrar a exploração de petróleo e gás em territórios do país, além de eliminar as usinas de eletricidade que operam com carvão em 2022. A ideia do país é incentivar os cidadãos a gerar sua própria eletricidade encorajando o uso de tecnologias alternativas.
“O objetivo é muito duro, mas a França quer se tornar a líder mundial em economia verde”, declarou Hulot. Vale a pena destacar que os carros elétricos atualmente representam apenas 1% das vendas mesmo em mercados de regiões desenvolvidas como Europa, EUA e China. O alto custo desses modelos e as limitações de autonomia figuram como as principais causas que ainda impedem a disseminação desses veículos.
De acordo com uma previsão da Bloomberg New Energy Finance, os carros novos movidos a eletricidade irão suplantar as vendas dos automóveis a combustão dentro de duas décadas na medida em que o custo das baterias vai cair.