Ford Fusion 2017 reestilizado tenta conter Civic Touring

Sedã grande ganha versão 2.0 Ecoboost SEL por R$ 125,5 mil, mesmo preço do Honda de nova geração
Ford Fusion 2017

Ford Fusion 2017 | Imagem: Divulgação

A Ford percebeu que a Honda pode incomodar seu modelo que já foi líder entre os sedãs de grande porte e resolveu contra-atacar. Reestilizado, o novo Fusion 2017 chega ao Brasil com uma novidade feita sob medida para enfrentar o novo Civic 1.5 turbo Touring. É a versão SEL 2.0 Ecoboost que não por acaso custa praticamente o mesmo que o modelo japonês: R$ 125.500, apenas R$ 600 mais caro que o Honda.

Ele é a principal novidade do Fusion, que agora ganhou uma leve reestilização. A grade frontal permanece a mesma, mas o para-choque dianteiro também foi alterado com moldura dos faróis de neblina de LEDs mais ressaltados. Na traseira, um friso cromado atravessa literalmente toda a extensão, cortando lanternas e tampa do porta-malas.

A Ford também introduziu mais conteúdo no sedã que também briga com os modelos premium Classe C (Mercedes-Benz), Série 3 (BMW) e A4 (Audi). Todas as quatro versões têm rodas aro 18 (desenhos diferentes para cada uma delas), chave presencial, partida por botão, central Sync 3 (que fala com o Android Auto e o Carplay) e sistema de monitoramento de pneus.

A versão de entrada SE 2.5 flex segue à venda por R$ 121.500, aumento de R$ 7.100 em relação ao Fusion 2016. Com a chegada da SEL 2.0, essa versão deve servir apenas para uso corporativo, acredita a Ford.

Com motor de 248 cv (14 cv a mais que antes), o SEL 2.0 Ecoboost custa R$ 125.500 e oferece 38 kg de torque já 1.750 rpm. Ela deve ser uma das mais vendidas do modelo.
As versões Titanium e Titanium AWD (tração integral) seguem no portfólio, mas custam agora R$ 138.000 (+R$ 8.600) e R$ 154.500 (+ R$ 9.100), respectivamente.

A Titanium traz agora monitoramento de ponto cego, bancos dianteiros com ajustes elétricos e aquecimento, ‘lane assist’ e som da marca Sony com 12 alto-falantes, entre outros itens. Já o Titanium AWD tem como principal destaque o ACC, controle de cruzeiro adaptivo que permite uma direção semiautônoma. Além disso, há também sistema de detecção de pedestres e park assist de segunda geração – espera-se que bem melhor que o primeiro, que era bem impreciso.

Perdendo espaço para os alemães

Até 2014, o Fusion reinava absoluto entre os sedãs maiores que os médios como o Corolla e o Civic. Naquele ano foram emplacados 12,3 mil carros, 64% a mais que o segundo colocado, o BMW Série 3. No entanto, com a nacionalização dele e também do Classe C, o modelo da Ford caiu para a 3ª colocação no ano passado e mantém essa posição em 2016, embora esteja perto dos alemães.

Com o facelift e a nova versão mais em conta é possível que ele volte a assumir a 1ª colocação, mas fato é que a concorrência apertou agora.