Ford Fiesta pode voltar elétrico pelas mãos de ex-engenheiro da Tesla
Montadora trabalha em plataforma acessível e pode reviver o nome do hatch vendido por 47 anos
O Ford Fiesta deixou de ser produzido no ano passado na Europa, mas sua história de 47 anos pode ainda não ter acabado. A marca trabalha em uma plataforma elétrica acessível e menor do que os atuais Puma e Capri, o que pode voltar com nome tradicional dentro da empresa.
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Segundo a imprensa europeia, a nova plataforma se chama Skunkworks e seu projeto é encabeçado pelo ex-engenheiro da Tesla Alan Clarke. Além dele, a equipe formada por cerca de 300 pessoas ainda conta com profissionais que passaram por Rivian, Apple e equipes da Fórmula 1.
“Estamos gastando uma quantidade razoável de tempo no nível corporativo falando sobre acessibilidade”, disse Marin Gjaja, diretor de operações da divisão Modelo E da Ford, à revista inglesa Autocar recentemente. “A questão é: como competir nesse segmento, especialmente se você tem um local de fabricação de custo muito baixo como a China, produzindo veículos acessíveis?”, questionou.
Segundo Gjaja, o primeiro produto desta plataforma será lançado nos EUA entre o final de 2026 e o começo de 2027. Para o executivo, o objetivo de Clarke é fazer os carros mais eficientes possível. “Ele veio para a Ford há alguns anos e está tentando construir a plataforma mais eficiente de qualquer elétrico do planeta. Esse é o objetivo”, disse.
Fiesta de volta
A escolha do nome Fiesta para batizar um dos frutos dessa plataforma acessível ainda é uma especulação, mas ela faz sentido. O modelo foi um dos mais vendidos da Europa desde seu lançamento em 1976. Chegou à primeira posição na Inglaterra em alguns anos, mas a moda dos SUVs o fez cair nas vendas.
No Brasil, o hatch chegou importado da Espanha em 1994 em sua terceira geração como forma de oferecer um modelo de volume com o fim da Autolatina. A produção nacional começou em 1996 já na quarta geração.
A quinta geração do Fiesta foi lançada em 2003 e rendeu frutos, como o sedã e o SUV EcoSport. A sexta, que chegou a ter algumas unidades importadas e depois virou nacional, chegou em 2010 e também teve sedã e EcoSport. Saiu de linha em 2019, já com vendas em baixa, com a decisão da Ford de sair do Brasil como fabricante.
A sétima geração continuou sendo feita na Europa. Durante a pandemia, no entanto, as vendas caíram enquanto o SUV Puma subiu no ranking e tomou o posto de Ford mais vendido do continente.
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