Ford confirma Maverick Hybrid e os elétricos Mustang Mach-E e E-Transit para o Brasil
Novidades serão lançadas ao longo de 2023; Maverick híbrida será a primeira da classe com tal propulsão
![Ford inicia eletrificação de sua gama no Brasil](https://www.autoo.com.br/fotos/2022/9/1280_960/ford1_25092022_72278_1280_960.jpg?w=1140")
A Ford anunciou neste domingo (25) a importação de três novidades ao Brasil para iniciar a eletrificação de sua gama no país.
Como já era esperado, os modelos 100% elétricos Mustang Mach-E e E-Transit estão confirmados para o país. Desde 2019, já havíamos antecipado que o esportivo estava previsto para o Brasil.
Uma boa surpresa no anúncio deste domingo ficou por conta da Maverick Hybrid, que, segundo a Ford, chegará ao Brasil no início de 2023.
A Ford terá um importante trunfo na categoria com a importação da picape eletrificada, uma vez que suas concorrentes diretas, até o momento, não oferecem tal tipo de propulsão.
Nos EUA, onde é o catálogo de entrada no portfólio da picape, a Maverick Hybrid contou com uma notável procura a partir de sua apresentação no país, tendo como um de seus fortes atributos o preço de acesso abaixo dos US$ 20 mil.
Ao contrário da Maverick Lariat FX4 já comercializada no Brasil, a Maverick Hybrid oferece apenas tração dianteira e conta com o propulsor 2.5 a aspirado a gasolina associado a um motor elétrico para entregar até 193 cv de potência combinada e 21,4 kgfm. O câmbio é do tipo CVT e o consumo urbano fica na casa de 17 km/l.
O Mustang Mach-E, por sua vez, tem catálogos com tração nas rodas traseiras ou integral, e arranjos mecânicos com 258 ou 465 cv, além de autonomia variando entre 370 e 480 km. A Ford, até o momento, não detalhou a configuração selecionada para o mercado brasileiro.
A E-Transit, por sua vez, foi apresentada na América do Norte com até oito opções de configuração, incluindo a cabine-chassi e três variações de comprimento para a carroceria. A van elétrica conta com 269 cv de potência e capacidade de carga para 1,76 tonelada.
“Esses lançamentos estão alinhados com a nossa estratégia de ter modelos eletrificados em cada um dos segmentos que são a base do nosso negócio: picapes, SUVs e veículos comerciais”, revela, em comunicado, Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
Saindo um pouco do tema eletrificação, vale lembrar que, também para 2023, a Ford tem confirmada a apresentação da nova Ranger em nossa região.
Descarbonização
Além da importação do trio eletrificado, a Ford anunciou novos passos para incrementar a descarbonização de suas operações na região.
A fábrica de Pacheco, na Argentina, onde é produzida a Ranger, vai operar apenas com energia elétrica renovável a partir de 2024 com a adição da fonte solar. A Ford destaca ainda que a sua unidade industrial no país vizinho tem mais de 40% da metragem ocupada por áreas verdes.
No Brasil, o Centro de Tatuí, onde são realizados testes, avaliações e homologações de veículos e sistemas automotivos, utiliza 100% da energia elétrica renovável desde 2021. A unidade, reforça a Ford, mantém cerca de 80% de sua área preservada, equivalente a 3,63 milhões de m², onde já foram plantadas mais de 10 mil mudas de árvores nativas desde 2012 e vivem mais de 360 espécies de animais silvestres.
Tanto as instalações de Pacheco quanto as de Tatuí também geram zero resíduo para aterro e desenvolvem ações para reduzir o consumo de água, com processos avançados de tratamento e reúso.
Nos próximos quatro anos, a Ford vai investir US$ 50 bilhões globalmente em veículos elétricos e baterias para atingir uma produção anual de 600 mil veículos até o fim de 2023, e de 2 milhões até o fim de 2026.
Suas metas globais incluem, também, ter todas as instalações abastecidas com 100% de eletricidade de fontes renováveis até 2035 e atingir a neutralidade de carbono até 2050.
