Fim do Renegade diesel 4x4 faz preço da versão disparar entre os usados
Aumento no valor de unidades 2019 do SUV com a opção mecânica foi de quase 56%, aponta pesquisa
A Jeep nunca escondeu que as versões 2.0 turbodiesel do Renegade sempre contaram com uma participação muito pequena no mix de vendas, até por conta do incremento no valor que esse tipo de motorização acarreta em qualquer veículo.
Com o facelift do SUV e o investimento local da Stellantis para produzir os eficientes motores 1.0 e 1.3 turbo da família GSE, a Jeep resolveu adotar uma nova abordagem a partir da linha 2022 do Renegade e passou a oferecer as versões com tração integral do modelo tomando como base o propulsor sobrealimentado de maior deslocamento, conseguindo, com isso, valores finais mais convidativos para o Renegade 4x4.
Entretanto, como indica uma pesquisa da Mobiauto divulgada nesta semana, a retirada de cena do Renegade diesel foi sentida pelos consumidores, o que acarretou uma disparada do preço da configuração no mercado de usados.
O estudo da Mobiauto levou em consideração os valores dos onze principais SUVs compactos do mercado nacional, em seus respectivos modelos 2019, 2020 e 2021, levando em consideração suas diferentes versões.
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Foram avaliados, portanto, o CAOA Chery Tiggo 5X, Chevrolet Tracker, Citroën C4 Cactus, Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade, Peugeot 2008, Renault Duster, Renault Captur, VW T-Cross e VW Nivus.
De acordo com a empresa, o campeão em termos de valorização foi o Jeep Renegade Longitude turbodiesel 4x4 modelo 2019, com uma expressiva alta de 55,8% na relação entre os preços praticados no primeiro semestre de 2021 e o mesmo período em 2022.
Ainda segundo a Mobiauto, dos cinco exemplares da família Renegade mais valorizados da pesquisa, as versões a diesel que foram descontinuadas ocuparam quatro posições.
Apesar de preservar o mesmo sistema 4x4 e o câmbio automático de 9 marchas que também figurava no Renegade diesel, as novas versões Série S e Trailhawk não conseguem, por exemplo, entregar o mesmo nível de torque oferecido pelo propulsor 2.0 turbodiesel (35,7 kgfm contra 27,5 kgfm das opções turbo flex).
Outro ponto que vale ser mencionado diz respeito ao consumo e autonomia.
Enquanto o Renegade Trailhawk com motor 1.3 turbo alcança parciais de 6,3 km/l na cidade e 7,6 km/l na estrada com etanol (9,1 e 10,8 km/l, respectivamente, com gasolina), o mesmo Renegade Trailhawk, porém na linha 2021 e com motor 2.0 turbodiesel, registrava médias de 10,1 e 12,5 km/l, isso sem falar no alcance superior no uso rodoviário e o custo por quilômetro menor em uma situação de combustíveis com os preços equalizados.
Pelo visto, quem conseguiu garantir uma unidade do Renegade diesel não deverá vendê-lo tão cedo ou, caso decida negociá-lo, certamente conseguirá um lucro bem melhor do que muitos investimentos por aí...