Fiat vira marca de nicho na Europa, mas ganha força na América Latina
Como já anunciado, marca italiana vai apostar em SUVs por aqui
![Fiat](https://www.autoo.com.br/fotos/2018/6/1280_960/Fiatvol_04062018_9710_1280_960.jpg?w=1140")
Em sua primeira coletiva quando assumiu o comando da FCA para a América Latina, Francisco Filosa já deixou claro quando questionado pelo Autoo que existe espaço sim para SUVs com a marca Fiat no Brasil mesmo com a relevância e a tendência que modelos desse tipo fique a cargo da Jeep.
Agora já se sabe, como alguns veículos ao redor do mundo noticiaram após a apresentação do plano quinquenal da FCA, que a Fiat virá com tudo para o mercado de utilitários esportivos com três novidades para o mercado da América Latina, incluindo, obviamente, o Brasil.
Como é possível ver na foto que reproduzimos na galeria de fotos abaixo, a Fiat contará com uma gama de três SUVs inéditos em nossa região, com destaque para um SUV pequeno, outro de porte compacto e o terceiro deles atuando no segmento de 7 lugares.
Começando pelo patamar mais acessível, esse utilitário esportivo pequeno, dento da categoria “A” segundo a classificação europeia, deverá ser fabricado no Brasil e trata-se de um modelo, dentro da linha FCA, menor em porte que o Jeep Renegade. Seria um representante na faixa de R$ 60 mil a R$ 70 mil, muito provavelmente apenas com tração dianteira.
Um degrau acima, a Fiat, segundo inclusive nos explicou Filosa em sua apresentação, não vai se intimidar com a presença do Jeep Renegade no segmento de SUVs compactos e vai lançar um modelo com o seu logotipo na grade dianteira. De acordo com as palavras de Filosa, a ideia é que esse futuro SUV compacto da Fiat tenha um caráter mais urbano em relação ao Jeep Renegade, que atende um público mais off-road com suas versões a diesel. A ideia, portanto, é que a FCA complemente sua oferta de SUVs compactos atuando em duas frentes no segmento.
Por fim, a Fiat não vai ignorar a tendência cada vez mais forte dos SUVs com capacidade para lugares, hoje cada vez mais bem representada no Brasil por meio de modelos como o Volkswagen Tiguan Allspace e o Peugeot 5008. Já se sabe que a Jeep também contará com um SUV inédito de porte médio e também com 3 fileiras de assentos. Resta saber se, à exemplo do que ocorrerá no mundo dos SUVs compactos, a Fiat e a Jeep também oferecerão o mesmo produto aqui, cada um atuando com propostas diferentes para o mercado, ou caiba apenas a Fiat ostentar esse produto em sua rede de concessionárias. De qualquer forma, a Jeep está mais do que bem posicionada no segmento de SUVs médios com o Compass, atualmente o utilitário esportivo mais vendido do Brasil.
Na Europa e EUA
Ao contrário da América Latina, onde ainda manterá uma atuação muito relevante para a FCA, em mercados mais maduros como EUA e Europa a Fiat vai se tornar uma marca de nicho, assim como a Chrysler e a Dodge para os norte-americanos.
Segundo informações de veículos de imprensa globais, a marca Fiat na Europa seguirá majoritariamente baseada em uma linha composta pelo 500 e seus derivados, como o 500L e o 500X, além do Panda. A nova geração do Tipo não será mais oferecida em países da Europa ocidental, enquanto uma nova geração do Punto também não está nos planos da Fiat por lá.
A ideia é que a gama Fiat 500 se torne uma referência em carros elétricos para o grupo, sendo que o 500L e o 500X ainda terá opções híbridas. Uma variante 500 Giardiniera, uma station wagon derivada do subcompacto, também ganhará as ruas europeias até 2022 com uma variante de propulsão completamente elétrica.
O Fiat 124 Spider, irmão de projeto do Mazda MX-5, é um dos poucos modelos que irão sobreviver no médio prazo. A importação do charmoso conversível ao Brasil até já foi estudada pela Fiat, mas até o momento nada concreto está nos planos. A FCA, de qualquer forma, conta com um compromisso com a Mazda de produzir o 124 Spider pelo menos enquanto a presente geração do roadster se mantiver na ativa.
É importante destacar, como já mencionamos aqui no Autoo, a Fiat também começará a mexer em sua linha atual a partir da próxima década, quando as novas gerações de Argo, Mobi, dentre outros chegarão ao mercado.
