Fiat Uno Way usado é opção de hatch com pegada de SUV abaixo dos R$ 30 mil
Compacto aventureiro traz bom custo-benefício; conheça os defeitos crônicos e quais versões você deve evitar
O Fiat Uno é um daqueles hatches valentes que dificilmente sai da cabeça de quem precisa de um carro robusto, barato de se manter e com facilidade de se encontrar peças. E na versão Way, mais aventureira, ele tem uma pegada de SUV, com suspensão mais alta e protetores plásticos na carroceria.
A segunda geração do compacto surgiu em 2010 que, apesar de ser outro carro —construído sobre uma nova plataforma—, ainda mantinha o layout das linhas quadradas do Uno original, porém mais suavizadas. Entre os rivais, ele chegou a competir com o Volkswagen Cross Up, lançado em 2014.
Assim como outras versões, a Way também estava disponível com duas ou quatro portas e motores Fire Evo 1.0 (75 cv com etanol e 73 cv com gasolina) e 1.4 (88 cv/85 cv). É possível encontrar o hatch por menos de R$ 30 mil.
Receba notícias quentes sobre carros em seu WhatsApp! Clique no link e siga o Canal do AUTOO.
Esteticamente, a 1.0 Way se diferenciava pelas barras longitudinais no teto, faróis com máscara negra, suspensão elevada, molduras nas caixas de roda e outros apetrechos para deixá-lo com cara de aventureiro. Com motor 1.4, vinha até com pneus de uso misto. Na lista de equipamentos, direção hidráulica, ar-condicionado, freios ABS e dois airbags (motorista e passageiro) eram alguns dos opcionais.
Em 2015, o Uno foi reestilizado e estreou o câmbio automatizado Dualogic que em 2018 passou a ser operado por botões (GSR). Em 2017, o Uno Way ganhou a segunda renovação juntamente com os novos motores Firefly 1.0 de três cilindros (77 cv/72 cv) e 1.3 de quatro cilindros (109 cv/101 cv). A direção elétrica passou a ser de série em todas as versões, mas controle de estabilidade só na 1.3 Dualogic (opcional nas demais).
Essa geração foi fabricada até 2020, pois no ano seguinte, o último do Uno, só ficou a Attractive 1.0 e a Ciao, que teve 250 unidades numeradas e é uma raridade. O Fiat Mobi ocupou o seu lugar e chegou a ter versão Way, depois rebatizada de Trekking, mas aí é outra história. Vamos ao que se preocupar com o Uno.
PONTOS CRÍTICOS DO FIAT UNO
1 - Para-choques e frisos
Essas duas peças costumam desbotar, resultado da exposição constante do sol e do uso de produtos químicos com alta taxa de alcalinidade. Dependendo do estado que ficaram, só aplicando silicone pode resolver.
2 - Acabamento
O excesso de plásticos dessa geração é algo que incomoda muito. Até o bagagito — o famoso tampão do porta-malas— é feito de plástico. Por causa disso, o excesso de barulhos é inevitável. A aplicação de feltro adesivo pode sanar a fonte dos ruídos.
3 - Câmbio
Bastante impreciso, alguns donos relatam dificuldade nas trocas, ruídos e até quebras, no caso do manual. Já os automatizados Dualogic, a situação é ainda mais delicada. Além da imprecisão, por conter mais tecnologia empregada, o custo de reparo é mais caro. E os problemas são frequentes, então é melhor evitar.
4 - Bateria
A bateria tem durabilidade curta e muitos donos chegaram a efetuar mais de uma troca com menos de um ano de uso. A dica é consultar um eletricista automotivo para a possibilidade de troca por outra bateria de maior amperagem.
5 - Recall
Fique atento aos recalls da atualização da ECU, trocas da bomba de combustível e alternador, caixa de marchas, bobina de ignição e outros itens. Na dúvida, acesse o site www.fiat.com.br ou contate a Central de Serviços ao Cliente Fiat.
QUAL VERSÃO VALE MAIS A PENA
Com 3,77 metros de comprimento, 1,63 m de largura e 1,48 m de altura, o Uno Way “Evo” ficou 8 cm mais comprido, 9 cm mais largo e 2 cm mais alto que o antigo. Por outro lado, o porta-malas ficou menor: 280 litros contra 290 l do modelo anterior, mas acabou compensando com o ajuste mais vertical do encosto traseiro, recuperando os “10 litros perdidos”.
Procure as versões de quatro portas e mais completas, pois além dos motivos óbvios, elas tendem a perder menos valor de revenda. Evite, porém, as opções com transmissão automatizada. Essa transmissão caiu em desuso justamente pelos problemas frequentes e pelo alto custo de manutenção.